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Holanda financia luta contra assédio sexual em Portugal

florindo

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A Holanda vai financiar um projecto da UMAR de combate ao assédio sexual em Portugal, um crime que, de acordo com estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), atinge quatro em cada dez mulheres portugueses. O objectivo é alertar e sensibilizar.


Maria José Magalhães, presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que hoje, sexta-feira, apresenta o projecto "Rota dos feminismos contra o assédio sexual", disse ao JN que em Portugal sabe-se muito pouco sobre o fenómeno.

Os dados mais recentes, da OIT, dão conta de que em 2009 foram levantados 300 processos disciplinares nas empresas portuguesas por assédio sexual. Mas a mesma organização internacional estima que os números são bem superiores e que quatro em cada dez mulheres sejam assediadas no local de trabalho.

"Quntas mulheres estarão a sofrer em silêncio?", questiona Maria José Magalhães, para quem a legislação - o crime esté previsto nos códigos Penal e do Trabalho - não é suficientemente protectora para as vítimas, maioritariamente mulheres, uma vez que há mais homens nos lugares de topo.

Alertar e sensibilizar são, pois, os objectivos da UMAR que, depois de bater a várias portas, encontrou eco na Embaixada do Reino dos Países Baixos. Maria José Magalhães preferiu não revelar o valor do financimento e desvalorizar a circunstância de ser uma entidade estrangeira a patrocinar a iniciativa, argumentando que a Holanda tem uma forte tradição em questões relacionadas com os direitos humanos.

A "Rota dos feminismos" vai percorrer, de Fevereiro a Junho de 2011, diversas cidades do país, com debates, tertúlias, performances e instalações. Na mira está, também, provocar uma mudança da legislação, no sentido de tornar a denúncia mais fácil, sem que a vítima corra o risco de perder o emprego. Vão ser, ainda, feitos dois questionários: um a alunos do Secundário e outro à população adulta.

JN
 
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