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Marcha em Lisboa recorda que homossexualidade é crime em 78 países

florindo

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A Rede "Ex-Aequo" assinala hoje, sexta-feira, em Lisboa o Dia Internacional dos Direitos Humanos com um Itinerário da Memória que, revisitando os locais onde a Inquisição executava homossexuais, apela à mudança nos 78 países onde a homossexualidade ainda é crime.

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Imagem de uma marcha pelo orgulho gay em Katmandu, no Nepal


Rita Paulos, activista dessa associação juvenil de apoio a lésbicas, homossexuais, bissexuais, transgéneros e simpatizantes, declarou à Lusa que o trajeto que tem início às 19 horas no arco da Rua Augusta pretende "sensibilizar as pessoas para o facto de que há muito a fazer pelo reconhecimento da homossexualidade como um direito humano".

"Em Portugal ela foi descriminalizada em 1982", observou Rita Paulos, "mas, segundo os dados mais recentes, que são de maio de 2010, ainda há 78 países onde a homossexualidade continua a ser crime e em oito deles a sentença é a pena de morte".

Rita Paulos admite que "as Nações Unidas estão mais atentas a esta questão há dois anos" e que "tem sido feito algum esforço no sentido de mudar as coisas".

Mas, "é preciso passar às resoluções concretas", realçou.

Com o apoio da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e também das associações AMPLOS, ILGA Portugal e Opus Gay, o Itinerário da Memória LGBT segue da Rua Augusta para o Largo do Rossio, onde se propõe recordar que, "no período da Inquisição, muitos homossexuais foram aí condenados à morte".

O roteiro prossegue pela Rua Garrett e termina no Largo Trindade Coelho, entre a Rua da Misericórdia e a de S. Pedro de Alcântara, onde a Rede Ex-Aequo irá observar um período de silêncio pelos homossexuais que "ainda hoje, em muitos países do mundo, são perseguidos e sofrem crimes de ódio".

Aos participantes do Itinerário da Memória é pedido que enverguem no peito um papel ou outro adereço em que exibam o número 8 ou 78, em referência aos países onde a homossexualidade incorre em pena de morte ou ainda é considerada crime.

As velas também são um requisito para quem quiser participar na vigília que deverá prolongar-se até às 24:00, hora até à qual poderá visitar-se, também no Largo Trindade Coelho, a Carrinha da Diversidade em que a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género disponibiliza vários conteúdos multimédia relacionados com a luta contra a discriminação.

Criada em 2002, a Rede Ex-Aequo foi reconhecida como associação juvenil em 2003, apoiando desde essa altura a comunidade lésbica, homossexual, bissexual ou transgénera.

Propondo-se "mudar mentalidades em relação às questões da orientação sexual e da identidade de género", a sua actividade é desenvolvida com recurso a grupos de jovens organizados, com base em Aveiro, Beja, Braga, Cascais, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Setúbal e Viseu.

JN
 
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