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Pobreza não é inevitável

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Ano Europeu de combate também à exclusão social encerra com amargo de boca pela crise


Ao longo deste ano, a União Europeia pôs em evidência a situação de 80 milhões dos seus cidadãos que sobrevivem sem recursos ou condições de vida dignas. Portugal, com cerca de um quinto da sua população nessas condições, também fez por se mobilizar

"A pobreza não é inevitável e as soluções existem". Esta convicção foi ontem expressa pela coordenadora geral do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social. Para Anne Degrand-Guillaud, um dos legados da iniciativa consiste no estabelecimento, a nível comunitário, da Plataforma Europeia Contra a Pobreza. De acordo com a mesma responsável de Bruxelas, que falava ontem, em Lisboa, na sessão oficial de encerramento desta iniciativa, a campanha destes últimos 12 meses "ajudou a dar forma ao alvo de uma das cinco grandes prioridades definidas pela UE, a de diminuir em 20 milhões o número de pessoas em risco de pobreza".

No balanço das iniciativas nacionais, Edmundo Martinho, que as coordenou, disse não ter esperado "a mobilização que conseguimos no país inteiro". Ao fazer as contas aos resultados, referiu-se a 2010 como "doce e amargo". É que, explicou, se por um lado a sociedade portuguesa foi sensibilizada para o tema da pobreza, "este ano calhou em cima de um tempo cheio de dificuldades tremendas para as famílias portuguesas e é previsível que a situação não melhore".

Edmundo Martinho lançou, depois, críticas àqueles que "acham que, mais do que combater a pobreza, é preciso combater os pobres". Defendendo que "é preciso combater o preconceito e as ideias feitas e entender que não é a Protecção Social a causadora desta crise", o mesmo responsável referiu-se "aos culpados (da crise) que passaram a juízes e vêm dizer que os Estados sociais são muito generosos". Ainda para Edmundo Martinho, "quando os estados não forem capazes de cuidar dos mais vulneráveis deixarão de ter razão de existir".

"As causas não têm data de validade", resumiu o actor Ricardo Pereira, uma das 13 figuras públicas que se assumiram como "embaixadores" do problema da pobreza e exclusão. A continuidade do combate é encarada como necessária e natural, dado que a partir de Janeiro entra novo desafio no calendário europeu, o de dar impulso e visibilidade ao voluntariado. E este tem na sua marca identitária a solidariedade para com os mais desprotegidos.

JN
 
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