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"Vêm buscar a sopa em garrafões de cinco litros"

florindo

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Edgar Silva, proprietário da Panela da Sopa, soube da campanha nacional de ajuda alimentar pelas notícias. Promete aderir mas, "muito antes disso, já contribuía" para matar a fome aos mais carenciados, contou ao JN.


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Edgar Silva, proprietário do estabelcimento "A panela da Sopa", apoia campanha

"O que estão agora a fazer já eu faço há sete anos", assegurou este membro da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (Ahresp), que trabalha no centro comercial Via Catarina, em plena Baixa do Porto. Diariamente, serve cerca de 150 refeições e sobram "20 litros de sopa, que dão para 50 pessoas".

Ao fim do dia, começaram a aparecer várias pessoas sem-abrigo a pedir sopa. "Vêm buscá-la em panelas e garrafões de cinco litros cortados a meio". Foi Edgar Silva que lhes pediu para passar por lá após as 22 horas. Mas, agora, deixaram de aparecer tanto. "Ou têm vergonha ou não os deixam entrar", justifica. "Agora, deito sopa fora", lamenta. Os alimentos para fazer a sopa, como batata e legumes, não sobram tanto.

No mesmo espaço comercial do centro portuense, o director do restaurante Pizza Hut, Hugo Encarnação, diz que a campanha ontem lançada "faz todo o sentido, sobretudo numa altura de crise como esta". E quando "as pessoas têm vergonha de dizer que estão a passar por dificuldades".

Recorde-se que a Ahresp anunciou que os associados irão receberem títulos para comparticipar as refeições dos "pobres envergonhados". Uma medida elogiada por Hugo Encarnação que, no entanto, lembra que a decisão de participar na campanha cabe ao Grupo Ibersol (associado da Ahresp e que inclui marcas como Burger King, Pans&Company entre outras empresas com comida mais tradicional).

O director da Pizza Hut do Via Catarina lembrou que o grupo participou, nos últimos dois anos, em campanhas da AMI, nomeadamente de ajuda alimentar a crianças de Cabo Verde. Do mesmo grupo, o gerente do Pasta Caffé, Igor Monteiro, conta, com pena, que as sobras vão para o lixo. Preferia que os ingredientes fossem doados para refeições destinadas aos mais pobres.

Também no Porto, na zona da Foz, a Padaria Ribeiro não deita nada fora. A gerente, Sónia Cardoso, diz que cada dia da semana é dedicado a uma instituição, seja de reinserção social, de apoio a idosos ou um colégio de freiras. Cada uma vai recolher pastéis, outros doces e salgados, como lanches. "Não deitamos nada ao lixo", garantiu, explicando que também dão pão, mas o escuro, porque o branco é para fazer pão-ralado.

JN
 
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