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Trabalhadores morreram soterrados em obra municipal de Coimbra

florindo

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Dois homens morreram hoje, sábado, devido a um aluimento de terras quando trabalhavam dentro de uma vala em Almalaguês, concelho de Coimbra, disse o comandante da GNR no distrito.


O coronel Santos Cardoso, comandante do Destacamento Territorial de Coimbra da GNR, disse à agência Lusa que um dos corpos já foi retirado da vala, enquanto o outro foi localizado pouco antes das 18 horas. A obra pertencia à empresa municipal Águas de Coimbra.

Os dois homens andavam a realizar trabalhos numa obra pública "para colocação de condutas" subterrâneas, adiantou, indicando que "as informações vão chegando aos poucos" e estão ainda incompletas.

O acidente verificou-se cerca das 16.30 horas, no lugar de Torre de Bera, freguesia de Almalaguês, entre Coimbra e Miranda do Corvo.

Também uma fonte dos Bombeiros Sapadores de Coimbra (BSC), que estão no local, disse que os operários "ficaram soterrados" e faleceram.

Uma fonte da Águas de Coimbra lamentou a tragédia e disse à agência Lusa que a empresa municipal "desconhecia que estavam a decorrer hoje, sábado, trabalhos" no local e responsabilizou a empresa adjudicatária pelo sucedido.

Indicando que a Águas de Coimbra "não foi avisada" dos trabalhos - "ao sábado e, portanto, fora do período normal" de laboração - frisou que tal é exigido por lei "para que a obra possa ser acompanhada pela fiscalização" do dono da obra.

A vala onde morreram esta tarde dois operários, no lugar de Torre de Bera, tinha cinco metros de profundidade, segundo a mesma fonte, e destinava-se a receber condutas de saneamento, tarefa que estava a ser efectuada pelas vítimas.

JN
 

florindo

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Empresa de trabalhadores que morreram soterrados poderá ser responsabilizada

A Águas de Coimbra vai analisar na segunda-feira uma eventual responsabilização legal da firma adjudicatária da obra onde morreram no sábado dois trabalhadores soterrados, disse hoje, domingo, o presidente da empresa municipal.

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Marcelo Nuno adiantou que irá "estudar o assunto com os juristas" da Águas de Coimbra, uma vez que a adjudicatária "não cumpriu" várias imposições legais.

Este responsável disse ter verificado no sábado à tarde, no local do acidente, em Torre de Bera, freguesia de Almalaguês, que a empresa de José Marques Grácio "não respeitou as regras de segurança".

Segundo Marcelo Nuno, as escoras que deveriam ter sido aplicadas na vala para evitar o aluimento das terras não chegaram a ser utilizadas.

Por outro lado, a Águas de Coimbra "não foi informada" da colocação de condutas de saneamento básico "num sábado, fora do período normal" de laboração, o que "é sempre obrigatório" para que a dona da obra "possa autorizar, acompanhar e fiscalizar" os trabalhos.

Marcelo Nuno disse à agência Lusa ter conversado na ocasião com o dono da empresa adjudicatária, José Marques Grácio, que, por sua vez, alegou "não ter tido conhecimento" prévio da ida dos trabalhadores para a obra.

As duas vítimas, entre elas o encarregado da obra, morreram no sábado à tarde devido ao desabamento de terras quando trabalhavam dentro de uma vala.

"As coisas parecem muito evidentes", sublinhou Marcelo Nuno, indicando que caberá agora à Inspeção de Trabalho verificar em que condições ocorreu o acidente.

A Lusa tentou contatar hoje, domingo, o empresário José Marques Grácio, o que ainda não foi possível.

JN
 
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