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Ninguém se casou em 870 paróquias

Rotertinho

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Religião: Há terras onde a marcha nupcial não toca há vários anos
Ninguém se casou em 870 paróquias

Em vinte por cento das 4453 paróquias portuguesas não foi celebrado este ano qualquer casamento e, em algumas delas, a marcha nupcial já não toca há vários anos.

Um levantamento feito pelo CM junto da maioria das dioceses revelou que em 870 paróquias ninguém casou e que em 134 destas, já não há qualquer casamento há mais de quatro anos.

A desertificação do interior e a queda da natalidade são apontadas como as causas principais desta realidade, mas a crescente opção pelo casamento civil ou mesmo pela vida em comum sem qualquer casamento também têm um peso significativo.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, na última década, o número de casamentos caiu de 63 752 para 40 391, sendo que os enlaces católicos desceram para menos de metade, tendo passado de 41 331 para 17 451. A ter em conta também o facto de em 2007, pela primeira vez, o número de casamentos católicos (21 924) ter sido inferior ao de casamentos civis (24 317), tendência que se acentuou em 2008 e 2009.

"Tenho quatro paróquias e só tive um casamento", disse ao CM o padre António Pires da Silva, pároco de Monfortinho, Salvaterra do Extremo, Segura e Toulões, diocese de Portalegre-Castelo Branco. Para este sacerdote, a razão fundamental está na "dramática desertificação" que assola as aldeias portuguesas.

Opinião idêntica tem o padre Ponciano Santos, que cura quatro freguesias no arciprestado de Vila Nova de Foz Côa e que, este ano, celebrou apenas dois casamentos.

Os sacerdotes encaram esta situação como "um reflexo do enfraquecimento da família enquanto célula fundamental da sociedade". Para o padre Paulo César, de Torre, Amares, "estão a perder-se valores fundamentais, não apenas religiosos, mas sobretudo sociais, que resultam na desvalorização do casamento e da família".


Correio da Manhã
 
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