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RFM em versão de TV Online

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É uma televisão? Não é. É um site tipo Youtube? Não é. É uma rede social? Não é. O novo projecto de Web TV da RFM, ontem lançado, é, segundo o seu director de Programas António Mendes, "a materialização da forma como nós entendemos que o meio audiovisual se está a desenvolver". Como líder de audiências, a RFM, do Grupo Renascença, prossegue no projecto de ampliar os seus conteúdos através de novas plataformas.


Porquê criar uma Web TV?

Chegámos à "coisa" pela incapacidade de encontrar um termo que defina o que estamos a fazer.

Não se consegue definir?

(Risos) Nós chamamo-lhe "RFM-Vi: vê o que ouves", porque nesta fase de arranque, o projecto vai assentar muito naquilo que faz a RFM. Vamos ampliar os conteúdos e diversificá-los em várias plataformas. Não é um site - já temos o site RFM -, mas vai nascer como site ao lado do nosso.

Portanto, é uma maneira de fazer chegar a rádio onde não chega?

Hoje temos uma média diária de 53 mil pessoas que ouvem, todos os dias, as emissões da RFM online. Ouvem a mesma emissão, mas numa plataforma distinta do FM. É, de facto, uma forma de chegarmos a mais gente.

A Web TV vai ter uma emissão da emissão online da RFM?

Até há relativamente pouco tempo tínhamos uma história e contávamos a história às pessoas apenas no FM. Tudo se passava de maneira simples. Hoje temos uma situação mais complexa: temos uma história para contar e ela pode ser difundida pelo FM, na emissão online, on demand.

É mais do que uma rádio.

Nós hoje, o que fazemos é contar a história no FM, depois colocamos os links, os vídeos e as fotografias no site; temos a incontornável página no Facebook, e assim difundimos a mesma história por muitas plataformas.

Isto altera o conceito de rádio?

Há muitos que dizem que as fronteiras entre os meios se estão a esboroar e que cada vez menos existem a rádio, o jornal e a televisão em estado puro. Esta "coisa" que vamos lançar e a que chamamos Web TV corre o risco de levar as pessoas a pensar que se trata de uma televisão.

Mas está fora de questão uma televisão da RFM, certo?

Fora de questão. Isso não faz sentido. As televisões são boas a fazer televisão. Nós somos contadores de histórias. O que nós estamos a começar a fazer é levar a mais gente estas histórias socorrendo-nos das imensas plataformas para as divulgar.

Será uma espécie de Youtube?

Não, embora esteja previsto que o site venha a ter conteúdos alimentados pelos nosso ouvintes. É algo que fica a meio caminho... É incontornável usar o termo televisão, mas não tem nada a ver...

Mas está a meio caminho entre uma rádio e uma televisão?

Tem imagem e movimento, socorre-se das histórias que nós desenvolvemos na rádio, para as ampliar; está disponível virtualmente em qualquer sítio. E é por isso que temos alguma dificuldade em dizer o que isto é.

Vai ter meios próprios e uma redacção própria?

Terá uma equipa de produção de vídeos própria e meios próprios. Não faz sentido utilizarmos vídeos amadores. Temos uma equipa que neste momento é cruzada aos diferentes canais do Grupo Renascença e que faz vídeo para todos os canais, incluindo a direcção de informação.

Isso implica grande investimento?

Implica um investimento nas tecnologias, no desenvolvimento tecnológico, parte feito dentro da empresa e parte contratado fora para desenvolver aplicações ou o site mobile. É um investimento que não lhe posso quantificar. É ainda um investimento na equipa de produção de vídeo que temos - alguns são jornalistas que produzem peças para a informação.

Qual será o modelo de negócio?

Desejavelmente o modelo de negócio que teremos assenta na publicidade. Nestas novas áreas temos duas hipóteses: subscrição ou publicidade, mas na primeira fase está fora de questão a subscrição. O que temos para oferecer são espaços publicitários - tags e videos com espaço para marcas comerciais.

Resulta segmentar cada vez mais os públicos?

Sim. Para a rádio essa estratégia permite-nos preencher vários segmentos do mercado com produtos da marca RFM mas diferenciados. Foi o que nos levou a criar as três rádios que temos actualmente online: a "80"sRFM", a "Clubbing" e a "Oceano Pacífico". E é também o que nos está a levar a criar a Web TV. Em termos de mercado comercial também resulta porque estamos a ir a fatias mais finas de audiências RFM que podemos abordar com produtos comerciais mais específicos.

Fizeram estudos de mercado para perceber o espaço de mercado para uma WebTV?

A produção de vídeo na rádio, no nosso caso, foi fácil: fomos na tendência do mercado. Começamos, depois, a observar que os conteúdos de video que produzíamos para a RFM facilmente atingiam as 100 mil visualizações. Quando chegamos a estes números, percebemos que existe aqui um mercado que nos interessa explorar.

Como vão sobreviver as rádios generalistas?

Nós entendemos a RFM como rádio generalista. As rádios generalistas, no sentido tradicional de ter tudo para todos, não existem. As rádios são, hoje, aparentemente generalistas, mas dirigidas a um público específico. A RFM apostou na mudança de linguagem radiofónica.

A RFM apostou na mudança de linguagem radiofónica. Resultou?

Para nós, é o futuro da comunicação. Tomámos a decisão (de tratar os ouvintes por tu) porque olhamos à nossa volta e vimos que a sociedade está diferente. Todos nós nos tratamos por tu, aqui na RFM. A tendência do tratamento por tu é generalizada, mesmo a nível profissional.

JN
 
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