• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Amordaçada e assaltada quando saía de casa

eica

GForum Vip
Entrou
Abr 15, 2009
Mensagens
21,723
Gostos Recebidos
1
Quatro encapuzados, armados de caçadeiras, assaltaram, ontem, sexta-feira, uma vivenda em Folgosa (Maia). Surpreenderam a moradora, comerciante de carnes, à saída, amordaçaram-na e tentaram abrir um cofre. Não conseguiram e obrigaram a vítima a revelar o código.

O assalto ocorreu cerca das 6.30 horas, na Avenida 24 de Julho, quando Ana Rosa, de 62 anos, saía para o seu posto de venda de carnes, no mercado do Bom Sucesso, no Porto. Não terá tido tempo, pois surgiram-lhe pela frente quatro homens, de cara tapada, dois deles armados com caçadeiras. Obrigaram-na a entrar na garagem, onde foi amordaçada, para que não alertasse os vizinhos.

Enquanto dois homens ficaram na garagem, os que empunhavam as caçadeiras entraram na residência.

"Eles sabiam precisamente ao que iam. Há cerca de três semanas, alguém arrombou a porta da frente da moradia e remexeram em muitas divisões, até encontrarem um cofre, que estava escondido no roupeiro. E foram-se embora sem roubar o que quer que fosse", revelou, ao JN, José Macedo, marido da vítima.

Por sua vez, Maria do Céu Almeida, cunhada da vítima, recordou que, nesse dia, "tinha estado a passar roupas a ferro. Tenho a chave de casa e ajudo-os. Saí pelas traseiras e eles arrombaram a porta da frente [que dá para a rua da Serra]. Logo na altura pensei que se estava a preparar alguma coisa. Fui lá mais vezes mas, por precaução, encostava cadeiras à porta da frente para ouvir alguém entrar".

José Macedo, que vive há mais de 30 anos na mesma residência, considera natural que os indivíduos andassem a estudar os movimentos do casal.

"Vivemos sós na casa e todos os dias a minha mulher sai cerca das 6.30 horas, para ir para o mercado. Saio uma hora depois e vou para a fábrica [de enchidos] que fica perto. Mas eu tinha sido operado ontem [anteontem] a uma hérnia e estive no hospital até hoje [ontem]. Eles não deviam saber e os dois armados foram à frente, à espera de me encontrarem. Não me viram e foram ao roupeiro errado. Voltaram para a garagem e obrigaram a minha mulher a abrir o cofre", afirmou José Macedo.

A vítima estava sem óculos e não conseguia ver os números, tendo sido empurrada, atirada ao chão, insultada e socada na cara. "Ela é dura mas teve de abrir o cofre. Lá dentro, estava todo o outro que tínhamos [avaliado em cerca de 25 mil euros, cerca de 1200 euros e dois cheques", revelou.

José Macedo tem o costume de ir depositando o dinheiro das vendas e, por isso, nunca tem muito dinheiro em casa. "Mais do que o prejuízo é o desassossego. Há alguns anos, entraram durante a noite, andaram pela casa toda e não acordámos. Já para não falar nos assaltos à fábrica. Para mim chega. No início do ano caí e parti uma anca. Já tive um AVC. Pus a fábrica à venda mas ainda não encontrei comprador", concluiu.

A GNR da Maia tomou conta da ocorrência e a Polícia Judiciária está a investigar o caso.

Jornal de Notícias
 
Topo