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A polémica psicocirurgia (lobotomia), invenção de Egas Moniz que lhe valeu um Nobel e mais tarde pedidos para que este fosse retirado, está a renascer porque há doenças que não se resolvem com medicamentos, segundo o neurocirugião João Lobo Antunes.
Em entrevista à agência Lusa, o diretor do serviço de neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, afirmou que as críticas a Egas Moniz e às suas “extraordinárias invenções” são oriundas de quem “não tem mais nada para fazer” e revelam uma “profunda ignorância”.
Farto destes “disparates”, João Lobo Antunes escreveu o livro “Egas Moniz – Uma Biografia” (Gradiva) para contar a história deste cientista “admirável” e no qual explica o contexto de algumas das suas polémicas descobertas, como a lobotomia.
São 375 páginas que retratam Egas Moniz nas mais variadas atividades: cientista, diplomata ou político.
Uma vida rica que para João Lobo Antunes não é devidamente reconhecida, mesmo pela comunidade científica.
“Egas Moniz tem uma projeção na área das neurociências em todo o mundo, com uma vida interessante e um envolvimento profundo, nomeadamente político, principalmente no fim da monarquia e na I República”. O médico considera que Egas Moniz teve “uma intervenção académica muito interessante, até do ponto de vista literário”, e lamenta que este laureado com o Nobel da Medicina (em 1949) seja “praticamente desconhecido dos portugueses”.
No entanto, são “milhares” os centros que tratam doentes neurológicos que aplicam a angiografia, técnica inventada por Egas Moniz.
A técnica foi aperfeiçoada e hoje em dia faz-se através de cateterismos, e não diretamente pela artéria carótida no pescoço, como no tempo de Egas.
“Os meios de contraste também são diferentes e melhoraram os aparelhos de raio-x, mas esta técnica continua a ser utilizada com o mesmo objetivo: visualizar as artérias e as suas alterações”.
Mais polémica se revelou a psicocirurgia. Segundo João Lobo Antunes, hoje faz-se muito menos lobotomias e com outra precisão.
dd.
Em entrevista à agência Lusa, o diretor do serviço de neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, afirmou que as críticas a Egas Moniz e às suas “extraordinárias invenções” são oriundas de quem “não tem mais nada para fazer” e revelam uma “profunda ignorância”.
Farto destes “disparates”, João Lobo Antunes escreveu o livro “Egas Moniz – Uma Biografia” (Gradiva) para contar a história deste cientista “admirável” e no qual explica o contexto de algumas das suas polémicas descobertas, como a lobotomia.
São 375 páginas que retratam Egas Moniz nas mais variadas atividades: cientista, diplomata ou político.
Uma vida rica que para João Lobo Antunes não é devidamente reconhecida, mesmo pela comunidade científica.
“Egas Moniz tem uma projeção na área das neurociências em todo o mundo, com uma vida interessante e um envolvimento profundo, nomeadamente político, principalmente no fim da monarquia e na I República”. O médico considera que Egas Moniz teve “uma intervenção académica muito interessante, até do ponto de vista literário”, e lamenta que este laureado com o Nobel da Medicina (em 1949) seja “praticamente desconhecido dos portugueses”.
No entanto, são “milhares” os centros que tratam doentes neurológicos que aplicam a angiografia, técnica inventada por Egas Moniz.
A técnica foi aperfeiçoada e hoje em dia faz-se através de cateterismos, e não diretamente pela artéria carótida no pescoço, como no tempo de Egas.
“Os meios de contraste também são diferentes e melhoraram os aparelhos de raio-x, mas esta técnica continua a ser utilizada com o mesmo objetivo: visualizar as artérias e as suas alterações”.
Mais polémica se revelou a psicocirurgia. Segundo João Lobo Antunes, hoje faz-se muito menos lobotomias e com outra precisão.
dd.