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Centro social não cobra às crianças do berçário

florindo

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O Centro Social de Guardizela, em Guimarães não cobra mensalidade às crianças que frequentam o berçário. A "ajuda" às famílias das 15 crianças está em vigor desde Março e é para continuar, como forma de ajudar as famílias da região.


"Quando fui inscrever a minha filha não sabia que não se pagava, mas fiquei contente quando me disseram", contou, ao JN, Mónica Salgado, mãe de uma menina de seis meses que frequenta o berçário do centro social de Guardizela. Mónica recebe o salário mínimo numa confecção e o marido "pouco mais ganha", pelo que o facto de não pagar mensalidade é uma ajuda ao orçamento familiar. "Com um bebé, temos sempre muitas despesas e são cerca de 100 euros que poupamos que, nos dias de hoje, fazem muita falta", retorquiu.

Todas as crianças até um ano de idade não pagam a frequência na instituição. Uma medida que é para continuar e se alia a outras com o intuito de auxiliar as famílias da região. "Decidimos adoptar esta medida quando verificámos que as famílias tinham pouca capacidade financeira", explicou a presidente do Centro Social de Guardizela, Arminda Soares.

Alguns pais pediam para rever a mensalidade, outros deixavam de pagar, pelo que, os responsáveis notaram que as "dificuldades estavam a crescer" e decidiram reforçar o lema de sempre que é "ajudar os que mais precisam". E, na mesma linha de pensamento, existem outros casos em que a necessidade fala mais alto e mesmo os que não frequentam o berçário também não pagam.

"Tenho lá dois filhos, um de três e outro de cinco anos. Não trabalho e o meu marido começou há dois meses a trabalhar. Por isso, era difícil pagar as mensalidades", contou Piedade Silva.
Segundo Arminda Soares, a mensalidade, que é calculada em função dos rendimentos do agregado, ronda os 60 e os 100 euros. "O serviço é gratuito mas as pessoas, por vezes, pensam que as refeições são pagas, mas as crianças usufruem de tudo sem pagar", apontou. "Sempre estivemos muito atentos às necessidades da comunidade", diz a responsável, acrescentando que, actualmente, as famílias estão a passar uma fase "complicada porque existe muito desemprego".

Apesar de trabalhar, Maria Manuela ganha o salário mínimo, pelo que, com dois filhos a cargo, a economia doméstica não é fácil. Sem a ajuda do centro nota que seria complicado ter os filhos, de dois e três anos, na instituição.

De resto, desde de que nasceu, o centro social oferece refeições àqueles que mais precisam. "As necessidades são conhecidas por nós porque estamos em constante contacto com a realidade e conhecemos", esclareceu Arminda.

Rafael Almeida faz todas as refeições no centro. "A minha mãe é separada e tem dificuldades, porque o meu pai deixou algumas dívidas. Faço aqui as refeições o que já é uma ajuda", aponta. Com 26 anos, Rafael é epiléptico e, por isso, não trabalha, pelo que vai ajudando no que pode, na instituição. "Tomo o pequeno-almoço, almoço e janto aqui. E, vou ajudando no que posso", refere.

Também Joaquim Alves vai ali fazer as refeições. É reformado e mora sozinho e vai andando por aqui e por ali mas, à hora das refeições, lá aparece no centro social. Arminda Soares reconhece que para poderem adoptar estas medidas é necessária alguma ginástica.

Jornal de Notícias
 
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