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Empresa que explora Brasília e Olympia diz ter prejuízos e não planeia reabrir amanhã
Fechados nas salas em que muitos prémios foram já servidos, os trabalhadores dos bingos Olympia e Brasília, no Porto, tentam terminar o ano sem perder os empregos. Face à inexistência de uma nova lei do jogo, o fecho apresenta-se como desfecho anunciado.
Trabalhadores do Bingo à porta
Os cerca de cem trabalhadores dos bingos do Olympia e do Brasília não sabiam, ontem, se aquelas salas reabrem amanhã - não funcionam no último dia do ano - continuando a operar até ser publicada a nova lei do jogo. Face às perspectivas nada animadoras, decidiram formar piquetes e pernoitar nas salas, até haver garantias de que voltarão a funcionar.
O prazo do contrato de concessão das salas termina hoje. Todavia, na terça-feira, um despacho do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, prorrogou a validade da concessão até sair o novo diploma.
Sobre a titularidade da concessão há pouca clareza. A versão corrente é a de que a titularidade é da Varzim Sol (grupo Estoril Sol), que terá posto a exploração nas mãos da Sociedade Nortenha de Gestão de Bingos (SNGB).
Porém, Assis Ferreira, presidente do Grupo Estoril Sol e "vice" da Varzim Sol, disse ao JN que a concessão foi passada à SNBG, com autorização do Ministério da Economia, desligando-se do processo: "Há uma tentativa incompreensível de nos querer meter numa embrulhada que não é nossa".
Segundo Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, havia ainda a possibilidade de hoje haver uma evolução positiva - "a empresa diz que está à espera de uma informação escrita da Inspecção de Jogos e da Varzim Sol". Tal era confirmado pela SNGB.
Ao JN, o director dos bingos em causa, Fernando Vilaça, referiu que essa indicação ditaria se as salas ficariam abertas em Janeiro. "Se não tiver confirmação da empresa que tem a gestão destas salas e da Inspecção de Jogos, não trabalho mais e fecho no fim do ano", referiu.
Segundo o administrador dos bingos, a SNGB "faz questão de esclarecer a situação junto da concessionária e exige que assuma este prolongamento da concessão", acrescentou. Ora, mantendo a ideia de que nada tem a ver com o assunto, afirma Assis Ferreira: "Não conheço o despacho do secretário de Estado em relação a essa prorrogação".
O despacho autorizou que quatro salas continuassem em actividade: Brasília, Olympia, Salgueiros e Bingo Castelo Velho, em Viana do Castelo. "As salas continuam a ser razoavelmente rentáveis se tivermos a mesma receita que têm as salas não turísticas, como as das associações e dos clubes", diz Fernando Vilaça, que afirma não haver contas por saldar com os funcionários: "A única coisa de que nos podemos queixar é de há ou dois ou três anos não termos aumentos".
Um dos accionistas da SNGB, Jorge Quintas, disse esta semana ao "Jornal de Negócios" que as salas dão prejuízo e que a empresa não quer continuar a operar nas mesmas condições, preferindo esperar pela abertura de novo concurso de concessão para saber se está ou não interessada.
Francisco Figueiredo salienta que os direitos dos trabalhadores terão de ser assegurados por alguém. "A SNGB entende que tem o direito de "entregar" as salas à Varzim Sol e com elas os trabalhadores. O contrato diz que os trabalhadores "ficam" com a adquirente, que será a SNGB".
Jornal de Notícias
Fechados nas salas em que muitos prémios foram já servidos, os trabalhadores dos bingos Olympia e Brasília, no Porto, tentam terminar o ano sem perder os empregos. Face à inexistência de uma nova lei do jogo, o fecho apresenta-se como desfecho anunciado.
Trabalhadores do Bingo à porta
Os cerca de cem trabalhadores dos bingos do Olympia e do Brasília não sabiam, ontem, se aquelas salas reabrem amanhã - não funcionam no último dia do ano - continuando a operar até ser publicada a nova lei do jogo. Face às perspectivas nada animadoras, decidiram formar piquetes e pernoitar nas salas, até haver garantias de que voltarão a funcionar.
O prazo do contrato de concessão das salas termina hoje. Todavia, na terça-feira, um despacho do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, prorrogou a validade da concessão até sair o novo diploma.
Sobre a titularidade da concessão há pouca clareza. A versão corrente é a de que a titularidade é da Varzim Sol (grupo Estoril Sol), que terá posto a exploração nas mãos da Sociedade Nortenha de Gestão de Bingos (SNGB).
Porém, Assis Ferreira, presidente do Grupo Estoril Sol e "vice" da Varzim Sol, disse ao JN que a concessão foi passada à SNBG, com autorização do Ministério da Economia, desligando-se do processo: "Há uma tentativa incompreensível de nos querer meter numa embrulhada que não é nossa".
Segundo Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, havia ainda a possibilidade de hoje haver uma evolução positiva - "a empresa diz que está à espera de uma informação escrita da Inspecção de Jogos e da Varzim Sol". Tal era confirmado pela SNGB.
Ao JN, o director dos bingos em causa, Fernando Vilaça, referiu que essa indicação ditaria se as salas ficariam abertas em Janeiro. "Se não tiver confirmação da empresa que tem a gestão destas salas e da Inspecção de Jogos, não trabalho mais e fecho no fim do ano", referiu.
Segundo o administrador dos bingos, a SNGB "faz questão de esclarecer a situação junto da concessionária e exige que assuma este prolongamento da concessão", acrescentou. Ora, mantendo a ideia de que nada tem a ver com o assunto, afirma Assis Ferreira: "Não conheço o despacho do secretário de Estado em relação a essa prorrogação".
O despacho autorizou que quatro salas continuassem em actividade: Brasília, Olympia, Salgueiros e Bingo Castelo Velho, em Viana do Castelo. "As salas continuam a ser razoavelmente rentáveis se tivermos a mesma receita que têm as salas não turísticas, como as das associações e dos clubes", diz Fernando Vilaça, que afirma não haver contas por saldar com os funcionários: "A única coisa de que nos podemos queixar é de há ou dois ou três anos não termos aumentos".
Um dos accionistas da SNGB, Jorge Quintas, disse esta semana ao "Jornal de Negócios" que as salas dão prejuízo e que a empresa não quer continuar a operar nas mesmas condições, preferindo esperar pela abertura de novo concurso de concessão para saber se está ou não interessada.
Francisco Figueiredo salienta que os direitos dos trabalhadores terão de ser assegurados por alguém. "A SNGB entende que tem o direito de "entregar" as salas à Varzim Sol e com elas os trabalhadores. O contrato diz que os trabalhadores "ficam" com a adquirente, que será a SNGB".
Jornal de Notícias