Rotertinho
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Israel: Antigo presidente Moshe Katsav arrisca pena de 16 anos de prisão
Ex-líder condenado por duas violações
O ex-presidente israelita Moshe Katsav foi ontem condenado por violação, no primeiro caso do género envolvendo um chefe de Estado. Os crimes dados como provados incluem ainda assédio sexual e obstrução à justiça e podem custar a Katsav 16 anos de prisão.
O colectivo de juízes do Tribunal de Telavive, encabeçado por George Khara, considerou que a defesa do antigo presidente "estava cheia de mentiras" e aceitou a versão de uma das queixosas, segundo a qual o arguido usou falsos pretextos e violência para a violar duas vezes.
Durante a leitura do veredicto, Katsav, rodeado pela equipa de advogados e pela família, com excepção da mulher, Guila, negava com a cabeça e murmurava: "Não é verdade."
A primeira violação aconteceu em 1998, no gabinete de Katsav no Ministério do Turismo. A segunda teve lugar num hotel de Jerusalém nesse mesmo ano. A queixosa, identificada somente como A., afirma que o então ministro do Turismo a atraiu alegando assuntos oficiais urgentes e violou-a no quarto. A dado momento, terá tentado acalmar a vítima dizendo-lhe: "Descontrai, vais ver que gostas."
Duas outras mulheres acusaram o estadista de assédio sexual em 2003 e 2005, quando era já presidente.
Refira-se que Katsav chegou a acordo extrajudicial em 2007, ao abrigo do qual se demitia e confessava crimes menores, ficando livre da prisão, mas em 2009 recuou e preferiu ir a tribunal para poder "limpar o nome".
"ANTE A LEI TODOS SÃO IGUAIS"
"Este é um dia triste para Israel", afirmou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após o veredicto do tribunal que condenou Moshe Katsav. "Mas com a sua decisão o tribunal enviou duas mensagens claras", explicou o chefe de governo: "Que todos os cidadãos são iguais perante a lei e que as mulheres têm um direito absoluto sobre o seu corpo."
O veredicto foi igualmente saudado pela chefe da oposição e antiga ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni: "Não está em causa uma luta entre homens e mulheres mas sim entre as vítimas e aqueles que, usando a sua autoridade, se aproveitam delas." Por seu lado, grupos feministas consideram o caso importante "para todas as mulheres que receiam denunciar violações".
Correio da Manhã
Ex-líder condenado por duas violações
O ex-presidente israelita Moshe Katsav foi ontem condenado por violação, no primeiro caso do género envolvendo um chefe de Estado. Os crimes dados como provados incluem ainda assédio sexual e obstrução à justiça e podem custar a Katsav 16 anos de prisão.
O colectivo de juízes do Tribunal de Telavive, encabeçado por George Khara, considerou que a defesa do antigo presidente "estava cheia de mentiras" e aceitou a versão de uma das queixosas, segundo a qual o arguido usou falsos pretextos e violência para a violar duas vezes.
Durante a leitura do veredicto, Katsav, rodeado pela equipa de advogados e pela família, com excepção da mulher, Guila, negava com a cabeça e murmurava: "Não é verdade."
A primeira violação aconteceu em 1998, no gabinete de Katsav no Ministério do Turismo. A segunda teve lugar num hotel de Jerusalém nesse mesmo ano. A queixosa, identificada somente como A., afirma que o então ministro do Turismo a atraiu alegando assuntos oficiais urgentes e violou-a no quarto. A dado momento, terá tentado acalmar a vítima dizendo-lhe: "Descontrai, vais ver que gostas."
Duas outras mulheres acusaram o estadista de assédio sexual em 2003 e 2005, quando era já presidente.
Refira-se que Katsav chegou a acordo extrajudicial em 2007, ao abrigo do qual se demitia e confessava crimes menores, ficando livre da prisão, mas em 2009 recuou e preferiu ir a tribunal para poder "limpar o nome".
"ANTE A LEI TODOS SÃO IGUAIS"
"Este é um dia triste para Israel", afirmou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após o veredicto do tribunal que condenou Moshe Katsav. "Mas com a sua decisão o tribunal enviou duas mensagens claras", explicou o chefe de governo: "Que todos os cidadãos são iguais perante a lei e que as mulheres têm um direito absoluto sobre o seu corpo."
O veredicto foi igualmente saudado pela chefe da oposição e antiga ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni: "Não está em causa uma luta entre homens e mulheres mas sim entre as vítimas e aqueles que, usando a sua autoridade, se aproveitam delas." Por seu lado, grupos feministas consideram o caso importante "para todas as mulheres que receiam denunciar violações".
Correio da Manhã