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Evadidos da prisão espalharam terror com 19 assaltos

florindo

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Um grupo de feirantes e evadidos da cadeia de Guimarães, com idades entre 26 e 46 anos, não irão ser esquecidos pelas mais de 20 vítimas de pelo menos 19 assaltos violentos que terão efectuado, em cinco meses, no ano passado. O julgamento é em Fevereiro, em Santo Tirso.


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Os dois crimes mais violentos visaram ourives. Um casal foi abordado a 16 de Maio de 2009, na Trofa, quando saía de um restaurante. Logo lhe apareceu um grupo de encapuzados que exigiu de imediato a chave de uma carrinha e malas onde estavam guardadas bastantes peças de ourivesaria.

Porém, os empresários ainda pensaram em resistir, mesmo perante a ameaça dos assaltantes. Só quando estes dispararam várias vezes para o chão, junto à mulher, é que cessou a resistência. Os indivíduos levaram valores superiores a 200 mil euros. Os ourives choraram - disseram na altura - 30 anos de trabalho.

Outro assalto marcante aconteceu no início de Agosto, em Moreira da Maia. Um ourives regressava a casa, vindo da feira de Custóias, com a sua "roulote" preparada para a venda de artigos de ourivesaria. À espera tinha um grupo de encapuzados, armados com espingardas. Não só mostraram as armas como até dispararam, só não tendo atingido o empresário porque este teve destreza suficiente para se desviar.

No final, levaram-lhe três malas com peças em ouro. Um dos disparos ainda atingiu o vidro de um automóvel que passava no local.

A parte restante da carreira criminosa deste gangue de 12 indivíduos - alguns dos quais fizeram parte do grupo que, em 2008, protagonizou uma aparatosa fuga da cadeia de Guimarães - visou também ourivesarias, viaturas para usar em outros crimes, mas principalmente cafés, comerciantes de tabaco, pessoas na rua e ainda um posto de abastecimento de combustível, num Intermarchè, no concelho de Santo Tirso.

Falavam em código

O núcleo duro do grupo era constituído por cadastrados ligados ao clã que fugiu do estabelecimento prisional. Mas o gangue integrava outros elementos, o que dificultou a investigação da Polícia Judiciária (PJ) do Porto.

Ainda assim, foram colocados sob escuta os telemóveis que se presumia estarem a ser utilizados pelos assaltantes. As comunicações interceptadas não eram claras, pois os suspeitos falavam em código, mas mesmo assim foi possível estabelecer a sua ligação a vários roubos.

Por outro lado, as armas usadas nos ataques eram guardadas por elementos menos importantes do grupo. Por essa razão, aquando das buscas da PJ, aqueles que se presume serem os líderes pouco tinham na sua posse que pudesse comprometê-los.

Nas mesmas buscas, um dos elementos de prova que mais impressionou os investigadores foi um bilhete contendo a morada do ourives assaltado em Moreira da Maia, a 1 de Agosto, acompanhado da descrição e matrícula da sua viatura - o que demonstra o grau de preparação do crime.

A este mesmo suspeito, numa casa em Famalicão, foram ainda apreendidas várias armas. Efectuadas perícias de comparação com projécteis encontrados em locais de vários dos assaltos, foram detectadas correspondências que sustentaram os indícios contra os arguidos.

Importante também para a identificação dos suspeitos foi um saco desportivo encontrado, a 10 de Julho de 2009, numa rua na Maia e que tinha sido utilizado por um dos suspeitos. O saco ainda tinha armas, munições, gorros e luvas utilizados em crimes.

Dos 12 elementos que compunham o grupo, seis estão em prisão preventiva. Os líderes faziam parte de um clã e um deles é conhecido pela alcunha de "Rei". O julgamento está marcado para o início de Fevereiro, em Santo Tirso, por crimes de associação criminosa, roubos agravados e falsificação de documentos.

Jornal de Notícias
 
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