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Fora condenado a 75 anos de prisão por roubo, agressão e violação
Um tribunal da cidade de Dallas, nos Estados Unidos, ordenou a saída em liberdade um homem condenado por agressão, roubo e violação em 1979 e detido durante os últimos 30 anos, depois de uma análise de ADN ter provado a sua inocência.
Cornelius Dupree Jr, de 51 anos, confessou o seu alívio e satisfação por ver o seu nome ilibado, ao fim de três décadas de detenção. “Tenho de admitir que também sinto um pouco de raiva, mas a felicidade que sinto é bem maior. Estou simplesmente assoberbado com esta alegria de estar livre”, disse à CNN à saída do tribunal.
Dupree foi acusado de ter ameaçado uma mulher de 26 anos e um homem com uma arma, obrigando-os a entrar para um carro e roubando-os. Estava também acusado de, juntamente com o seu cúmplice Anthony Massingill, ter violado a mulher – que o tinha identificado numa fotografia, apesar do seu acompanhante não ter sido capaz, inicialmente, de assegurar que ele era o homem que os atacara.
No julgamento, as duas vítimas afirmaram que Dupree e Massingill eram os atacantes: apesar de reclamar a sua inocência, Dupree foi condenado a uma pena de 75 anos de cadeia.
Ao longo de décadas, Cornelius Dupree lutou contra o sistema para provar a sua inocência. Por três vezes, o Tribunal Criminal de Recursos do Texas recusou avaliar o seu caso. Mas o “The Innocence Project” pegou no seu processo, e conseguiu que as provas apresentadas em tribunal fossem reavaliadas.
“Cornelius Dupree passou 30 anos da sua vida atrás das grades por causa de um erro no processo de identificação. A sua pena teria sido evitada se as melhores práticas tivessem sido utilizadas”, comentou o director do “The Innocence Project”, Barry Scheck.
O procurador-geral do condado de Dallas não se opôs à libertação de Dupree, admitindo que os exames de ADN demonstravam que o prisioneiro não cometera o crime por que tinha sido acusado e condenado.
Desde 2001, o estado do Texas já libertou 41 prisioneiros cuja inocência foi comprovada depois da realização de testes de ADN, 21 dos quais no condado de Dallas.
Público