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A Comissão Europeia, que suspeita que o gigante tecnológico Google poderá estar a manipular os resultados das pesquisas online, confirmou hoje ter enviado os primeiros questionários a empresas que forneçam serviços semelhantes ao da Google, a fim de determinar se o gigante americano está a incorrer no crime de abuso de posição dominante.
“Antes do Natal enviámos uma série de pedidos de informações, questionários a operadores de motores de busca, agências de publicidade e outras empresas”, indicou uma porta-voz da Comissão Europeia, Amelia Torres, confirmando a notícia avançada pelo jornal francês “Le Figaro”.
A mesma fonte não quis nomear as empresas que receberam os inquéritos da Comissão mas revelou que são “muitas”. Amelia Torres disse ainda que este pedido de informações é “perfeitamente normal” no quadro de um inquérito “anti-trust”. “Estamos ainda na fase de inquérito. Não chegámos a nenhuma conclusão”, frisou.
A Comissão Europeia abriu, em finais de Novembro último, um inquérito formal à Google na sequência de uma série de queixas de serviços de pesquisas online concorrentes daquela empresa. Esses serviços acusam o gigante tecnológico de favorecer as suas próprias pesquisas e de penalizar as que são oferecidas por empresas concorrentes.
Bruxelas entendeu, por isso, que deveria fazer algumas perguntas a essas empresas. Eis algumas: “A vossa empresa detectou mudanças repentinas e significativas na sua classificação nos motores de busca como o Bing, o Google ou o Yahoo?”; “Constatou uma diminuição repentina no número de internautas reenviados para os vossos serviços pelo Google e que não possa ser explicada por mudanças no vosso site?; “Tem conhecimento de módulos nos algoritmos da Google que tenham podido penalizar a classificação das páginas do vosso sítio web?”.
Há ainda uma pergunta mais directa: “Alguma vez a Google lhe indicou que um maior investimento em publicidade poderia melhorar a sua localização natural nas listagens do motor de busca?”
De acordo com o “Le Figaro”, estes formulários de perguntas distribuídos pela Comissão Europeia têm cerca de 100 perguntas e espera-se que as empresas apresentem respostas até ao dia 11 de Fevereiro.
Público