Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.
O porta-voz de Cavaco Silva acusou hoje, quarta-feira, o seu adversário Manuel Alegre de fazer "campanha suja", com "ataques desonestos e cobardes" e insinuações sobre as poupanças de Cavaco no BPN.
Alexandre Relvas acusou Alegre de fazer "campanha suja"
O porta-voz de Cavaco Silva acusou hoje, quarta-feira, o seu adversário Manuel Alegre de fazer "campanha suja", com "ataques desonestos e cobardes" e insinuações sobre as poupanças de Cavaco no BPN.
"A baixa política entrou na campanha eleitoral", disse Alexandre Relvas, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, lida na sede nacional da candidatura de Cavaco Silva, em Lisboa, acrescentando que o candidato apoiado pelo PSD e CDS "nada tem a esconder".
Na mesma declaração, Alexandre Relvas assegurou que Cavaco "colocou parte das suas poupanças no BPN" e em outros bancos, mas que pagou os impostos devidos e "cumpriu escrupulosamente todos os deveres de cidadão contribuinte sem qualquer privilégio ou favorecimento".
Além disso, quando foi eleito Presidente da República, Cavaco Silva declarou "todo o seu rendimento e património" ao Tribunal Constitucional, como a lei exige, recordou.
A candidatura do atual Presidente da República repudiou "as inaceitáveis insinuações promovidas principalmente pela candidatura de Manuel Alegre", acusando o candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda de fazer uma "campanha indigna e ignóbil de ataque pessoal".
Manuel Alegre desafiou terça-feira Cavaco Silva a revelar pormenores sobre a venda das suas ações do BPN, designadamente se as vendeu ao presidente do banco e por que razão elas se valorizaram em 40 por cento em pouco tempo.
Numa acção de campanha na Madeira, Manuel Alegre acabou por declarar aos jornalistas que considera ter "chegado a altura de Cavaco Silva tornar público o contrato de venda das suas ações" no BPN.
Alexandre Relvas acusou o socialista de ignorar "convenientemente" as "regras morais" da democracia agora que está em campanha eleitoral, com "ataques desonestos e cobardes à honra pessoal" de Cavaco.
"Quem faz uma campanha suja viola o mais elementar dever de decência democrática", referiu ainda na declaração.
Para a candidatura de Cavaco Silva, o essencial que há esclarecer sobre o BPN é apurar "todas as responsabilidades" sobre o que se passou no banco antes da nacionalização e a "dimensão e os resultados do vultuoso investimento" feito no banco pelo Estado português, "o qual será pago pelo bolso dos contribuintes".
Candidatura de Alegre acusa Cavaco Silva de tentar vitimizar-se no caso BPN
O director de campanha de Manuel Alegre acusou hoje, quarta-feira, a candidatura presidencial de Cavaco Silva de recorrer ao insulto pessoal e de procurar vitimizar-se, continuando a não esclarecer as ligações que teve ao Banco Português de Negócios.
A posição de Duarte Cordeiro, em nome do candidato presidencial apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda, surgiu na sequência de uma declaração de Alexandre Relvas, membro da Comissão Política de Cavaco Silva, que acusou Alegre de fazer "uma campanha suja" ao explorar no debate político das eleições presidenciais a questão do BPN.
Na resposta, o director de campanha do candidato apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda lamentou "o ataque pessoal" feito a Manuel Alegre e considerou que o candidato Cavaco Silva "optou por não esclarecer os portugueses" sobre as ligações que teve em relação ao BPN.
"Estranhamos e lamentamos a vitimização por parte do candidato Cavaco Silva", porque "foi o candidato Cavaco Silva que decidiu pronunciar-se sobre o BPN. Registamos que perante um tema incómodo a candidatura de Cavaco Silva recorra a mais uma manobra de diversão com o objectivo de desviar a atenção dos portugueses", declarou o director de campanha de Alegre.
Segundo a versão da candidatura de Manuel Alegre, quem colocou o tema BPN na campanha foi Cavaco Silva no debate televisivo com o candidato comunista Francisco Lopes, quando disse: "nunca trabalhei no BPN, nunca comprei nem vendi nada do BPN, nunca recebi qualquer remuneração do BPN".
Ora, para a candidatura de Alegre, "sabe-se que Cavaco Silva detinha acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que era proprietária do BPN".
"Quem detinha acções da SLN era, em parte, dono do BPN", apontou o deputado socialista Duarte Cordeiro na sua declaração, que não teve direito a perguntas por parte dos jornalistas.
Sobre o BPN, a candidatura de Alegre referiu ainda que, num segundo momento, Cavaco Silva criticou a actual administração do BPN sem fazer qualquer referência "à anterior gestão danosa" do banco, em relação à qual "todos conhecemos as relações pessoais e políticas que Cavaco Silva teve com anteriores elementos da administração do BPN".
"Esta cadeia de acontecimentos levou Manuel Alegre a desafiar Cavaco Silva a tornar público os contornos da venda de acções da SLN de forma a melhor percebermos as posições que tem assumido sobre esta matéria", justificou Duarte Cordeiro.
Na sua declaração, Duarte Cordeiro sustentou também que a candidatura de Cavaco Silva nada esclarece sobre o BPN quando remete para a declaração de rendimentos do Presidente da República e deixou um aviso: "Este episódio não demoverá Manuel Alegre de continuar a apresentar as suas ideias e de criticar o que entende dever ser criticado", disse.
