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Revendedores têm dúvidas sobre os preços dos combustíveis nas bombas

florindo

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A Associação Nacional de Revendores de Combustível tem "dúvidas" sobre a forma como os preços nas bombas acompanham as oscilações do mercado internacional, considerando que desceram menos em Portugal do que no resto da Europa.

"A Autoridade da Concorrência diz-nos que há livre concorrência e que os preços acompanham as oscilações do mercado internacional, mas temos dúvidas sobre porque é que na Europa os combustíveis desceram muito mais do que em Portugal e subiram menos do que em Portugal. É a dúvida que temos. A bota não bate com a perdigota na maior parte das vezes", disse à Lusa o voce-presidente da associação, António Amaral.

"Os custos que nos são apresentados em termos práticos não são os que constatamos", acrescentou o mesmo dirigente.

Uma análise feita pela Lusa concluiu que preços da gasolina sem chumbo 95 subiram em média todas as semanas desde Setembro à excepção de quatro vezes, apesar de se terem registado sete quedas de preço deste produto refinado nos mercados internacionais.

Os dados Direcção Geral de Geologia e Energia, que lista os preços deste combustível no continente, indicam que a 01 de Setembro cada litro de gasolina sem chumbo 95 custava em média 1,357 euros. Desde então, a DGGE registou 14 subidas de preços à segunda-feira - o dia de referência - custando agora cada litro de gasolina 95 em média 1,48 euros (quase 13 cêntimos mais), desceu três vezes e uma vez manteve-se inalterada.

As petrolíferas referem que estes preços na bomba acompanham a média semanal de preços dos produtos refinados nos mercados internacionais.

No entanto, de acordo com a agência Bloomberg, que lista estes preços diariamente, a média semanal de preços da tonelada métrica de gasolina 95 nos mercados internacionais subiu 10 vezes e desceu sete. Ou seja, desceu menos vezes em Portugal do que nos mercados internacionais.

No gasóleo, os números indicam uma tendência semelhante: o preço médio na bomba em Portugal subiu 13 vezes desde início de Setembro, desceu quatro e manteve-se inalterado uma vez. Já nos mercados internacionais a tonelada cúbica de gasóleo subiu 11 vezes na média semanal e desceu seis.

António Amaral sugere por isso que se crie um novo regulador só para verificar os preços dos combustíveis, tarefa actualmente entregue à Autoridade da Concorrência. Por outro lado, a Direcção Geral de Energia e Geologia lista diariamente os preços dos combustíveis nas bombas.

"Sugerimos que se crie uma entidade reguladora dos preços para que estes factores que fazem subir e descer o preço sejam devidamente claros. Estas questões têm de ser claras aos olhos dos consumidores já que são os revendedores que sofrem na pele acusações dos clientes por questões em que nada temos a ver", disse o vice-presidente da ANAREC.

"Os revendedores não fixam os preços, que são estipulados pelas companhias", recordou.

Jornal de Notícias
 
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