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Portugal tem o gasóleo mais caro da Europa a seguir à Grécia e à Finlândia, custando 67,38 cêntimos ainda sem impostos, indicam os dados mais recentes da Comissão Europeia. A gasolina é a sétima mais cara.
Os dados mais recentes do boletim sobre combustíveis da Direcção Geral da Energia da Comissão Europeia, relativos a 3 de Janeiro, indicam que em Portugal cada litro de gasóleo ainda sem impostos é 3,7 cêntimos mais caro do que a média dos 27 países da UE.
O gasóleo mais caro da Europa é o da Grécia (70,63 cêntimos), seguido da Finlândia (70,06 cêntimos). Os mais baratos são o da Irlanda (57,2 cêntimos/litro), Áustria (58,4 cêntimos) e Reino Unido (59,1 cêntimos).
Depois de impostos o cenário muda: o gasóleo português quando chega ao público é o 8º mais caro da UE-27, 0,3 cêntimos abaixo da média europeia, mas quase 9 cêntimos mais caro do que em Espanha. Com impostos o gasóleo mais caro é do Reino Unido (1,499 euros), seguido da Suécia (1,443 euros) e depois da Grécia (1,391 euros).
No preço do litro de gasóleo em Portugal (1,277 euros), o ISP representa 36,4 cêntimos e o IVA (que subiu no início do ano) 23,9 cêntimos.
"Tivemos dois efeitos acumulados em Portugal, de índole fiscal: o primeiro foi o aumento em dois pontos percentuais do IVA e o fim da isenção do biodiesel, o que fez com que o gasóleo tenha encarecido entre 4 e 5 cêntimos", explicou à Lusa o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO), António Comprido.
"Isso catapultou Portugal para uma posição mais alta nesse ranking. Para a maioria dos países não houve aumento do IVA a 1 de Janeiro nem alteração fiscal por causa dos biocombustíveis", disse.
O IVA afecta exclusivamente o preço do gasóleo [e da gasolina] com impostos, enquanto o fim da isenção dos biocombustíveis afecta o preço base sobretudo do gasóleo, explica António Comprido. Mas já em Setembro (boletim de 09 de Setembro) Portugal já tinha o terceiro gasóleo mais caro da Europa.
Aí a explicação da APETRO passa por outras questões. "Portugal é um mercado mais pequeno, ou seja menos eficiente e sem as economias de escala do centro da Europa, e sem uma rede de pipelines como lá existe e até em Espanha", disse António Comprido.
"Por outro lado, os números do ranking são comparáveis mas com ressalvas, já que os números não são reportados pelos Estados-membros de forma igual. Há países que comunicam preços com descontos [em bomba] e Portugal não, há países que fazem cálculos com média aritmética simples e nós com uma média ponderada", explicou o mesmo responsável. "Há países que recolhem preços numa amostra de postos e outros, como Portugal, que usam os preços nos postos todos", acrescentou.
"Não sei se todos estes factores seriam desfavoráveis a Portugal - o dos descontos em bomba claramente é - mas a ressalva é que o ranking inclui números não totalmente comparáveis", sublinhou.
Jornal de Notícias
Os dados mais recentes do boletim sobre combustíveis da Direcção Geral da Energia da Comissão Europeia, relativos a 3 de Janeiro, indicam que em Portugal cada litro de gasóleo ainda sem impostos é 3,7 cêntimos mais caro do que a média dos 27 países da UE.
O gasóleo mais caro da Europa é o da Grécia (70,63 cêntimos), seguido da Finlândia (70,06 cêntimos). Os mais baratos são o da Irlanda (57,2 cêntimos/litro), Áustria (58,4 cêntimos) e Reino Unido (59,1 cêntimos).
Depois de impostos o cenário muda: o gasóleo português quando chega ao público é o 8º mais caro da UE-27, 0,3 cêntimos abaixo da média europeia, mas quase 9 cêntimos mais caro do que em Espanha. Com impostos o gasóleo mais caro é do Reino Unido (1,499 euros), seguido da Suécia (1,443 euros) e depois da Grécia (1,391 euros).
No preço do litro de gasóleo em Portugal (1,277 euros), o ISP representa 36,4 cêntimos e o IVA (que subiu no início do ano) 23,9 cêntimos.
"Tivemos dois efeitos acumulados em Portugal, de índole fiscal: o primeiro foi o aumento em dois pontos percentuais do IVA e o fim da isenção do biodiesel, o que fez com que o gasóleo tenha encarecido entre 4 e 5 cêntimos", explicou à Lusa o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO), António Comprido.
"Isso catapultou Portugal para uma posição mais alta nesse ranking. Para a maioria dos países não houve aumento do IVA a 1 de Janeiro nem alteração fiscal por causa dos biocombustíveis", disse.
O IVA afecta exclusivamente o preço do gasóleo [e da gasolina] com impostos, enquanto o fim da isenção dos biocombustíveis afecta o preço base sobretudo do gasóleo, explica António Comprido. Mas já em Setembro (boletim de 09 de Setembro) Portugal já tinha o terceiro gasóleo mais caro da Europa.
Aí a explicação da APETRO passa por outras questões. "Portugal é um mercado mais pequeno, ou seja menos eficiente e sem as economias de escala do centro da Europa, e sem uma rede de pipelines como lá existe e até em Espanha", disse António Comprido.
"Por outro lado, os números do ranking são comparáveis mas com ressalvas, já que os números não são reportados pelos Estados-membros de forma igual. Há países que comunicam preços com descontos [em bomba] e Portugal não, há países que fazem cálculos com média aritmética simples e nós com uma média ponderada", explicou o mesmo responsável. "Há países que recolhem preços numa amostra de postos e outros, como Portugal, que usam os preços nos postos todos", acrescentou.
"Não sei se todos estes factores seriam desfavoráveis a Portugal - o dos descontos em bomba claramente é - mas a ressalva é que o ranking inclui números não totalmente comparáveis", sublinhou.
Jornal de Notícias