• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Carlos Castro morto e mutilado em Nova Iorque

eica

GForum Vip
Entrou
Abr 15, 2009
Mensagens
21,723
Gostos Recebidos
1
Carlos Castro morto e mutilado em Nova Iorque

ng1421890.jpg



O cronista social Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado morto esta madrugada, num quarto do Hotel Intercontinental, em Nova Iorque, Estados Unidos.

O jornalista fez check-in no hotel no passado dia 29 de Dezembro, acompanhado pelo modelo português Renato Seabra, de 20 anos, para já o principal suspeito do homicídio cometido no 34º andar do hotel nova-iorquino e que foi já detido pela polícia.

Renato Seabra, que foi um dos finalistas do programa "À procura do sonho," da SIC, terá abandonado a unidade hoteleira pouco tempo antes de o corpo ter sido encontrado.

De imediato, os agentes policiais distribuíram imagens do manequim que acompanhava Carlos Castro, tiradas da rede social Facebook, onde este tem uma página com quase 2 500 fãs.

Renato Seabra foi detido poucas horas depois do homicídio num hospital local, onde ainda se encontrará sob escolta policial.

"Por volta da 11 horas (da noite de sexta-feira, em Nova Iorque), o Renato deu entrada no Roosevelt Hospital, com cortes no pulso, pois tinha tentado matar-se", disse à agência lusa o jornalista Luís Pires, amigo de Carlos Castro.

Jornal de Notícias
 

eica

GForum Vip
Entrou
Abr 15, 2009
Mensagens
21,723
Gostos Recebidos
1
Alegado homicida de Carlos Castro detido em Nova Iorque

O modelo português Renato Seabra, alegado autor do homicídio de Carlos Castro, ocorrido na noite de sexta-feira, foi detido pela polícia em Nova Iorque, informou um amigo próximo do jornalista.

ng1421863.jpg


Por volta das 11 horas (de sexta-feira, em Nova Iorque), o Renato deu entra no Roosevelt Hospital, com cortes nos pulsos, pois tinha tentado matar-se", disse à Agência Lusa o jornalista Luís Pires, amigo de Carlos Castro, cujo corpo foi encontrado ao final do dia de sexta-feira num quarto do Hotel Intercontinental, em Nova Iorque.

"As fotografias do Facebook - ele (Renato) tem uma página com dois mil e tal amigos - foram distribuídas profusamente pela polícia em Nova Iorque, tendo sido detido no hospital", acrescentou o amigo, também jornalista, ex-correspondente da SIC nos Estados Unidos.

Segundo o jornalista, a sua filha Mónica Pires foi a primeira pessoa a ver o corpo de Carlos Castro e está a prestar, neste momento, declarações ao procurador da República de Nova Iorque.

Às sete da tarde (de sexta-feira), a minha filha tinha combinado um jantar com o Carlos Castro no Hotel Intercontinental, em Times Square, em Nova Iorque", referiu Luís Pires.

De acordo com o jornalista, a sua ex-mulher e a filha cruzaram com Renato Seabra no lobby do hotel e perguntaram pelo colunista português.

Jornal de Notícias
 

eica

GForum Vip
Entrou
Abr 15, 2009
Mensagens
21,723
Gostos Recebidos
1
Morte de Carlos Castro provoca reacções nas redes sociais

A notícia da morte de Carlos Castro despertou muitos portugueses na manhã deste sábado que, de imediato, manifestaram o seu pesar nas redes sociais, através de mensagens de homenagem ao cronista social, não só por parte de colegas jornalistas, como de famosos que com ele lidavam e o admiravam.

"Não acredito...amigo Carlos..." foi o que escreveu o actor Pedro Carvalho. Outro actor, Pedro Górgia, deixou uma curta, mas sentida frase: "Fica em paz, Carlos".

"Meu querido amigo, Carlos. Um beijo para ti estejas onde estiveres. Espero que agora encontres a tua paz", lê-se num post deixado pelo músico Henrique Feist.

Na página pessoal do jornalista e cronista social estão reunidos cerca de 340 amigos, alguns famosos e também anónimos que, ao longo da manhã deste sábado, têm postado no mural de Carlos Castro.

Num âmbito mais público, também se vêem recções noutros espaços, havendo mesmo quem use a página do Clube de Fãs de Renato Seabra (o presumível homicida) para manifestar pesar ou revolta pelo sucedido.

Aliás, depois da notícia se ter tornado pública, o número de fãs do manequim aumentou, pois só é possível escrever na página a quem a ela aderir.

Jornal de Notícias
 

maioritelia

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Ago 1, 2008
Mensagens
8,295
Gostos Recebidos
158
Carlos Castro: Cônsul em Nova Iorque acompanha a situação

O cônsul português em Nova Iorque está a acompanhar os desenvolvimentos do caso do colunista social Carlos Castro, assassinado na sexta-feira, nos Estados Unidos, disse à Lusa fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga.

O jornalista e colunista social Carlos Castro foi morto alegadamente pelo modelo Renato Seabra, também português, que já se encontra detido pelas autoridades norte-americanas num hospital.

«O cônsul está a acompanhar o caso, como acompanharia qualquer situação que envolve cidadãos portugueses», sublinhou a fonte, contactada pela Lusa.

Diário Digital / Lusa
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Amiga de Carlos Castro foi ouvida durante oito horas pelas autoridades norte-american

Mónica Pires, que deu o alerta depois do atraso de Carlos Castro para um encontro, foi ouvida durante quase oito horas pelas autoridades norte-americanas após o assassínio do colunista social num quarto de hotel em Nova Iorque.

"Ainda estou sem dormir, só cheguei a casa há duas horas [10 horas em Lisboa]", disse à agência Lusa Mónica Pires, ainda com uma voz abalada.

A filha do jornalista Luís Pires, amigo de Carlos Castro, contou que chegou à esquadra da polícia cerca das 20 horas (horas locais, menos cinco que em Lisboa) e saiu às 3.45 horas. O longo interrogatório foi conduzido pelo procurador da República de Nova Iorque e pelos investigadores que estão a acompanhar o caso.

Mónica Pires recordou à Lusa como tudo se passou: "Chegámos ao hotel cerca das 18.20 horas de sexta-feira e pedimos para chamar o Carlos, mas não respondia. Ligámos para o telemóvel e ninguém atendia".

Cerca de 15 minutos depois, Mónica e a sua mãe viram sair do elevador Renato Seabra, o principal suspeito do crime, que já foi detido.

"Perguntámos-lhe pelo Carlos e ele estava espantado. Acho que não estava à espera de nos ver e respondeu: 'O Carlos já não sai do quarto'", uma resposta que as surpreendeu e as levou a contactar o gerente do hotel.

Jornal de notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Renato Seabra foi concorrente em programa de modelos

Renato Seabra, suspeito de ter assassinado o cronista social Carlos Castro, é um jovem de 21 anos, natural de Cantanhede, que se tornou conhecido do público por ter ficado entre os três finalistas do programa caça-talentos da SIC "À procura do sonho - Face Model of the Year ", que tinha como objectivo encontrar novos rostos da moda.

Segundo o jornal o "Independente de Cantanhede", que publicou uma entrevista a Renato Seabra a 15 de Setembro do ano passado, a propósito da sua participação no concurso, Renato frequenta a licenciatura em Ciências do Desporto, foi campeão de basquetebol universitário na última época, pela equipa de Coimbra, e ambicionava trabalhar na área da educação ou fitness.

Antes da participação no concurso, a única ligação do jovem à moda cingia-se aos desfiles organizados pelo Rancho Regional "Os Esticadinhos" de Cantanhede.

Na entrevista, Renato confirma que é um jovem tímido e que gosta dos elogios à sua simplicidade: "Gosto de ouvir dizerem, pelo que vêm na televisão, que gostam muito da minha simplicidade e da minha humildade. Foi bom que as pessoas tivessem consciência que eu sou assim. Apesar de não me conhecerem pessoalmente, consegui transparecer isso através da televisão".

Após a participação no programa, Renato Seabra foi agenciado pela estilista Fátima Lopes, revelando, na entrevista, interesse em conciliar a universidade - faltava-lhe apenas uma disciplina para concluir a licenciatura - e a moda.

"Entrei neste mundo e agora não quero sair, porque vi que posso ter sucesso", revelou o manequim ao jornal regional.

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Estado de Nova Iorque prevê prisão perpétua para homicídio e extradição é improvável

A pena máxima para homicídio no Estado de Nova Iorque é a prisão perpétua e a extradição é pouco habitual quando o crime é cometido por estrangeiros, disse à Lusa Tony Castro, luso-americano ex-procurado de Justiça do Bronx.

Depois do homicídio do colunista português Carlos Castro na sexta-feira, a Polícia deteve e mantinha ao final da manhã em observação médica na unidade psiquiátrica de um hospital de Nova Iorque o jovem Renato Seabra, que acompanhava o colunista português na estadia na cidade norte-americana.

De acordo com o Sargento Hayes, da Polícia de Nova Iorque, Seabra foi detido de madrugada num hospital onde recebida tratamentos e posteriormente levado para a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan.

No Estado de Nova Iorque, explicou à agência Lusa Tony Castro, o homicídio de 1.º grau prevê 12 situações, como matar um juiz, um polícia, duas pessoas no mesmo crime, tortura seguida de assassínio e outros casos extremos.

Só neste caso "o réu pode ser condenado a prisão perpétua sem possibilidade de pedir liberdade condicional", disse à Lusa o advogado luso-americano.

O ex-procurador de Justiça do Bronx disse que neste caso o procurador pode acusar o presumível assassino de homicídio em 1.º grau se conseguir provar que houve tortura antes da morte.

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Consulado em Nova Iorque aguarda chegada da família de Renato Seabra

O Consulado de Portugal em Nova Iorque aguarda a chegada à cidade norte-americana de familiares de Renato Seabra, suspeito do homicídio do cronista Carlos Castro.

"Estamos a acompanhar a situação o mais perto possível que podemos. Tivemos notícia de que familiares [de Renato Seabra] viriam para cá acompanhá-lo. Ele vai precisar", disse à Lusa fonte da Embaixada em Washington.

Depois do homicídio do colunista português Carlos Castro na sexta-feira, a Polícia deteve e mantinha ao final da manhã em observação médica na unidade psiquiátrica de um hospital de Nova Iorque o jovem Renato Seabra, que acompanhava o colunista português na estadia na cidade norte-americana.

De acordo com o Sargento Hayes, da Polícia de Nova Iorque, Seabra foi detido de madrugada num hospital onde recebia tratamentos e posteriormente levado para a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan.

O Consulado em Nova Iorque, que está sem cônsul há largo tempo e é chefiado pelo chanceler António Pinheiro, tem estado em contacto directo com a Polícia de Nova Iorque, Gospital, Gabinete Emergência Consular em Lisboa e familiares de Renato Seabra, jovem de cerca de 20 anos que acompanhava Castro na estadia na cidade.

Fonte da Embaixada em Washington adianta que o Consulado poderá facilitar contactos, mas caberá à família contratar um advogado para a defesa, o que nos Estados Unidos representa normalmente uma despesa avultada.

Jornal de Notícias
 

eica

GForum Vip
Entrou
Abr 15, 2009
Mensagens
21,723
Gostos Recebidos
1
Taxista e enfermeira denunciaram paradeiro de Renato Seabra

A denúncia de um taxista e uma enfermeira ajudaram a polícia norte-americana na detenção de Renato Seabra, suspeito do homicídio do jornalista Carlos Castro na sexta-feira em Nova Iorque. O nervosismo do jovem e a divulgação da fotografia do português nos noticiários levantaram suspeitas.

Um taxista reconheceu o “nervoso” Seabra através da fotografia divulgada nos noticiários televisivos e telefonou imediatamente para a polícia.

De acordo com as fontes da polícia nova-iorquina, o taxista deixou o rapaz “agitado” no hospital de Roosevelt.

Pouco depois, foi a vez de uma enfermeira do hospital identificar Seabra devido às fotografias divulgadas nos noticiários e informar a polícia que o jovem modelo se encontrava na sala de espera.

Renato Seabra foi detido depois da meia-noite no Hospital Roosevelt, onde se encontrava a receber tratamentos. A polícia encontrou o jovem com os pulsos cortados, que pode ser indício de tentativa de suicídio falhado e encaminhou-o para Hospital Bellevue, onde está a ser realizada a sua avaliação psiquiátrica.

Vanda e Mónica Pires afirmam que quando Renato Seabra passou pelas duas no átrio do hotel, de fato preto e gravata roxa, parou em pânico quando viu as duas mulheres preocupadas, escreve o jornal 'New York Daily News'.

Correio da Manhã
 

ninakkida

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Jul 2, 2009
Mensagens
3,292
Gostos Recebidos
0
bem... esta noticia chocou.me... o que o dinheiro nao faz!

cumps
 

eica

GForum Vip
Entrou
Abr 15, 2009
Mensagens
21,723
Gostos Recebidos
1
“O meu filho não fazia isso”

Mãe de Renato Seabra acredita na inocência

A mãe de Renato Seabra, o principal suspeito da brutal homicídio do jornalista Carlos Castro, acredita na inocência do filho. “O meu filho não fazia isso”, afirmou Odília Pereirinha antes da partida para Nova Iorque.

"Não acredito. Não acredito. O meu filho, sendo um filho de ouro, um filho que é muito bom, não fazia isso", afirmou a mãe de Renato Seabra no aeroporto da Portela, em Lisboa, em declarações à TVI, antes de partir para Nova Iorque, onde o filho está internado no Hospital de Bellevue, depois de alegadamente ter tentado o suicídio.

Odília Pereirinha reiterou que Renato não mantinha quaqluer relação amorosa com o cronista social. "O meu filho não era namorado do Carlos Castro. Ele, desde o primeiro instante, nunca escondeu a sexualidade dele, que é heterossexual", disse.

Carlos Castro foi encontrado morto e mutilado sexualmente na sexta-feira no 34º piso do Hotel Intercontinental em Nova Iorque, onde estava hospedado com Renato Seabra desde 29 de Dezembro.

Correio da Manhã
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Cantanhede estupefacta com "rapaz educado"

A estupefacção reina na cidade de Cantanhede, de onde Renato Seabra é natural. Nos cafés e um pouco por toda a cidade, a detenção do jovem e os contornos do caso em que este surgiu envolvido eram temas de conversa, em discursos mais ou menos emocionados. "Não posso crer que ele tenha feito aquilo. É uma pessoa muito boa, filho de boa gente", afirma, sem conseguir conter as lágrimas, Elisa Vidal, amiga da família há muitos anos.

Segundo testemunhos recolhidos na cidade, os pais do jovem modelo estão separados e são ambos enfermeiros. A mãe trabalha no Centro de Saúde de Cantanhede. Renato tem ainda uma irmã mais velha, licenciada em Medicina em Coimbra e médica numa clínica.

"Recordo-me dele em desfiles de moda, aqui em Cantanhede, quando era mais novo", lembra Albertino Tavares, morador na cidade e que conhece a família. Uma esteticista do salão que Renato costumava frequentar refere-se ao jovem como um rapaz educado e confessa ter recebido a notícia com admiração.

O jovem saltou para a ribalta quando foi um dos três finalistas do concurso da SIC "À procura do sonho - Face model of the year". Depois do programa, foi agenciado pela estilista Fátima Lopes.

Onda de choque em Coimbra

Para além de Cantanhede, também Coimbra, cidade onde Renato está a terminar a licenciatura em Ciências do Desporto, recebeu com choque a notícia. O jovem jogou basquetebol em dois clubes da cidade, tendo, na última época, integrado a equipa da Associação Académica de Coimbra (AAC) que se sagrou campeã nacional universitária.

Não sei o que dizer. Sempre o vi como um rapaz calmo e uma boa pessoa. Não me lembro de alguma vez o ver chateado", conta, ao JN, o antigo presidente da AAC, Jorge Serrote, que conhecia Renato por este ter colaborado com a sua lista.

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Renato Seabra acusado de homicídio em segundo grau pela morte de Carlos Castro

O jovem modelo português Renato Seabra foi acusado de homicídio em segundo grau pelo assassínio do colunista social Carlos Castro em Nova Iorque, disse à Lusa fonte da polícia da cidade.

o Estado de Nova Iorque, o homicídio em segundo grau, o mais comum, prevê uma pena que vai de 25 anos a prisão perpétua. Permite o pedido de liberdade condicional ao fim dos 25 anos que, no caso de não ser concedido, pode ser renovado de dois em dois anos.

Casos extremos, nomeadamente de tortura antes do assassínio, são considerados homicídio de primeiro grau, prevendo uma pena de prisão perpétua sem possibilidade de pedir liberdade condicional.

O detective Cavatalo, da polícia de Nova Iorque, disse hoje à Lusa que "a acusação é de homicídio em segundo grau".

A mesma fonte escusou-se a adiantar se Seabra confessou o crime e que tipo de assistência jurídica está a receber, mas alguns jornais nova-iorquinos afirmam que Seabra terá admitido à polícia a autoria do crime.

Seabra, que acompanhava Carlos Castro na estadia em Nova Iorque, foi visto por pelo menos duas testemunhas a sair do quarto de hotel onde o colunista social de 65 anos foi encontrado morto, com sinais de violência.

Mais tarde, o jovem modelo de 21 anos foi encontrado pela polícia num hospital da cidade, onde se terá deslocado para ser tratado a ferimentos.

Foi depois conduzido à unidade psiquiátrica de outro hospital, onde esteve em avaliação clínica durante os últimos dois dias.

A mãe de Seabra chegou no domingo à tarde a Nova Iorque para acompanhar o caso do filho.

O relatório do médico legista indica que a morte Castro se deveu a lesões causadas por agressões violentas na cabeça e a estrangulamento.

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Carlos Castro terá sido torturado durante uma hora com um saca-rolhas

Renato Seabra terá confessado e está indiciado por homicídio de segundo grau

"Já não sou gay!". Foram estas as palavras que Renato Seabra, 21 anos, terá proferido diante das autoridades norte-americanas, quando interrogado sobre o homicídio de Carlos Castro, 65 anos.

Segundo avançava, ontem, o "New York Post", o jovem foi interrogado na noite de domingo, com auxílio de um intérprete, e terá confessado o crime. O modelo avançou que torturou o jornalista durante uma hora, acabando por o mutilar, com um saca-rolhas, num olho e nos órgãos genitais.

A justificação avançada, segundo a Imprensa, realçava o intuito de o libertar de "demónios e de um vírus". No entanto, as autoridades consideraram que os termos utilizados estarão relacionados com o comportamento homossexual e não com qualquer doença, como sida. Segundo a Polícia de Nova Iorque, Renato Seabra enfrentará agora "uma acusação de homicídio em segundo grau", revelou, à agência Lusa, o detective Cavatalo.

A Imprensa nova-iorquina dava conta, ontem, de que o jovem terá confrontado Carlos Castro, dizendo-lhe que não era homossexual e que apenas estava a usá-lo pelo seu dinheiro e influência, sendo que a discussão ficou aguerrida depois de o cronista ter recusado pagar "compras de luxo" ao jovem . A esta conversa ter-se-á seguido o espancamento, tortura e a morte do colunista. A autópsia a Carlos Castro determinaria a causa de morte: lesões na cabeça e no pescoço, existindo marcas de estrangulamento.

Segundo o "Daily News", o jovem terá pontapeado e esmurrado Carlos Castro, atingindo-o na cabeça com o monitor de um computador portátil. Depois, com um saca-rolhas, terá mutilado o jornalista, que, nessa altura, já estaria inconsciente.

Tomou banho após o crime

Depois do crime, o modelo terá tomado banho e vestido um fato, saindo depois do hotel Intercontinental. Foi então que o jovem se terá cruzado com duas amigas de Carlos Castro que, preocupadas com a ausência de notícias do amigo, resolveram ir ao hotel. Instado sobre o paradeiro do jornalista, o jovem terá respondido apaticamente: "O Carlos não sai mais do quarto", fugindo.

Quatro horas depois, Renato deu entrada num hospital onde receberia tratamento médico, ao que tudo indica, a ferimentos auto-infligidos nos pulsos e na face.

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Renato Seabra tinha relacionamento especial com uma amiga de Coimbra

ng1424236.jpg

Isa Caleia, Diogo Silva, Bruno Cravo e José Fernando acreditam na inocência do amigo Renato​

Jovem estudante de enfermagem, em Coimbra, que não lhe reconhece distúrbios

Renato Seabra saía há dois meses com uma amiga de Coimbra, onde estudava. "Chocada" com o sucedido em Nova Iorque, Isa Costa acredita que o manequim "nunca faria aquilo no seu juízo normal". Amigos de Cantanhede partilham a mesma opinião.

"O Renato era supercalmo e normal. Nunca lhe notei qualquer distúrbio psicológico Ele nunca faria aquilo no seu juízo normal. Acredito que estivesse num estado de alucinação ", garante, ao JN, Isa Costa. A estudante em Coimbra conhecia Renato Seabra "há um ano": "Não sou do curso dele - não quero revelar o que frequento, não quero muita exposição -, nem frequentava os mesmos lugares, mas saíamos há cerca de dois meses. Íamos sempre a locais públicos, como o Fórum".

Entre idas ao cinema e jantares, a relação ia evoluindo, mas Isa não sabe se alcançaria algo mais sério como o namoro. "Estávamos bem como andávamos e nunca falámos sobre o assunto", diz.

A última vez que esteve com o manequim foi "no passado dia 23": "Fomos jantar antes do Natal, porque estaríamos um tempos sem nos vermos e não notei nada de diferente. Depois, no dia 26, enviei uma SMS a desejar-lhe boas entradas. Ele disse que ia para Nova Iorque e voltaria dia 6 de Janeiro". Isa esperava que Renato lhe enviasse mensagem, o que não aconteceu. "Estranhei. Tencionava enviar-lhe outra mensagem, no sábado, mas recebi a notícia e fiquei chocada", diz. Os contornos do crime também deixaram outra amiga, Isa Caleia, "horrorizada". Companheira de Renato desde a escola primária, a jovem de Cantanhede nota "grandes alterações psicológicas no Renato, pois ele não era assim". "Não entendi o que ele quis dizer com aquilo dos demónios homossexuais, pois nunca teve esse tipo de conversas. Ele é muito católico e até vai à missa todas as semanas. Sinceramente, não lhe reconheço estes comportamentos".

Isa Caleia diz ainda que "Renato não fumava, nem era de bebedeiras. Bebia sem exageros. Também não era de drogas. Tínhamos amigos que se metiam nas ganzas, mas ele nunca entrou nessas ondas".

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Mãe de Renato Seabra visitará o filho ainda hoje

Odília Pereirinha, mãe de Renato Seabra, vai visitar o filho esta terça-feira, garante, ao JN, José Malta, cunhado do suspeito de ter assassinado Carlos Castro.

Esta manhã, Maria Amélia Castro e Fernanda Gomes, duas das irmãs de Carlos Castro, viajaram para os Estados Unidos, na companhia de Cláudio Montez, um grande amigo do cronista social assassinado na passada-feira em Nova Iorque.

À partida, Cláudio Montez declarou que pretende obter autorização das autoridades norte-americanas para falar com Renato Seabra.

Mãe de Renato Seabra visitará o filho ainda hoje

O trio partiu às 12.25 horas num voo da TAP com destino a Newark.

Seguindo a vontade de Carlos Castro, o seu corpo será cremado quinta ou sexta-feira.

As irmãs, Maria Amélia Castro e Fernanda Gomes, e o amigo Claúdio Montez, pretendem espalhar as suas cinzas por Manhattan como era desejo do jornalista, expresso na página 178 do livro "Solidão Povoada".

Jornal de Notícias
 
Última edição:

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Renato Seabra recebeu visita da mãe no hospital

Renato Seabra, suspeito da morte de Carlos Castro, já falou com a mãe", avança a TVI 24. O cunhado do jovem afirmou, no entanto, ao JN, desconhecer o encontro.

Renato Seabra recebeu a mãe no Hospital de Bellevue, em Nova Iorque, afirma a TVI, citando a advogada Paula Fernandes, que está a dar apoio jurídico à família do modelo.

"O Renato já tem um advogado que está a preparar a defesa e a tomar as diligências necessárias". "Ao contrário do que tem sido dito, e que é mentira, Renato também já recebeu visitas, entre elas, a mãe", diz a advogada, citada pela TVI.

Em Nova Iorque, Fernanda Castro, uma das irmãs de Carlos Castro, afirmou ter conhecido o suspeito pela morte do cronista e admitiu " ter muita pena da mãe dele". Em Cantanhede, está prevista uma missa de apoio à família de Renato Seabra.

No aeroporto de Newark, à chegada aos Estados Unidos, para preparar as cerimónias fúnebres de Carlos Castro, que deverá ser cremado hoje, quarta-feira, Fernanda classificou Renato Seabra como uma pessoa "muito fria, introvertida, muita calada".

"Nunca pensei. quando recebi a notícias, que aquele rapaz... não sei definir", confessou, Fernanda Castro. "Acho que o Renato se aproximou do meu irmão para se lançar na moda", acrescentou.

A última vez que Fernanda Castro falou com o irmão foi antes do Ano Novo, numa altura em que ele "estava muito feliz porque vinha para Nova Iorque".

Muito emocionada, Fernanda ainda confessou "ter muita pena da mãe" do jovem suspeito de ter assassinado o jornalista.

"Também sou mãe e ela deve estar a sofrer imenso. Para ele não tenho palavras", referiu em relação a Odília Pereirinha que, neste momento, também se encontra em Nova Iorque.

Por cá, está prevista uma missa de apoio à família de Renato Seabra, amanhã, quinta-feira, pelas 21 horas, em Cantanhede.

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
"O Carlos vivia o amor como um fantasista"

Amigo de Carlos Castro durante 40 anos, o jornalista Guilherme de Melo conta sem rodeios a forma como o cronista social se tornou uma figura pública e criou para si um mito romântico.

Como é que eu conheci o Carlos? Há os irmãos que o sangue nos dá e há os irmãos que a vida nos dá. O Carlos foi o irmão mais novo que a vida me deu. Eu tinha 43 anos, estava a meio da minha carreira de jornalista, o Carlos era um rapaz de vinte e poucos anos. Ele sempre esteve ligado ao mundo do espectáculo.

Em Angola, tinha colaborado numa revista, tinha ganho um prémio de poesia, mas não era jornalista. Quando chegou a Lisboa, em 1975, conheceu a Ruth Bryden, um travesti muito famoso, e foi ela que lhe deu a mão. Foi assim que ele começou a ganhar dinheiro e foi quando o conheci, numa noite de espectáculo no cabaré Scarlatti.

Foi lá que o Carlos reencontrou a Maria Alzira Bento, que tinha sido jornalista em Angola e era chefe de redacção da Nova Gente. Sabia que o Carlos gostava de escrever e, como estava ligado ao mundo do espectáculo, dos artistas, ela teve a ideia de criar uma página de fofocas - assim nasceu a Daniela. Depois, começou a escrever croniquetas e quando o Correio da Manhã foi fundado convidaram-no a ter uma página sobre o mundo do espectáculo.

Como ele não tinha experiência de escrita, pedia muito a minha opinião e do Fernando Dacosta. A carteira profissional ele conseguiu-a com o Cáceres Monteiro. Daí para diante, voou por ali fora, especializou-se naquele tipo de crónica social. Tinha uma forma muito peculiar de escrever. Muita gente nem se apercebeu, mas ele tinha uma sensibilidade requintada, era um apaixonado por pintura.

Um sonhador

Depois dos conselhos profissionais, passei a dar-lhe conselhos mais pessoais. A nível sentimental, éramos totalmente opostos. Eu sempre tive os pés bem assentes no chão. O Carlos era um fantasista, um sonhador. As coisas eram como ele queria, não como na realidade eram. Sempre foi um naïf, uma pessoa de uma grande ingenuidade, uma criança grande. E nos amores... Quando amava, entregava-se completamente. Estava desfasado do seu tempo, vivia fora do tempo.

Na cabeça dele, existia o amor romântico, às vezes sem essa necessidade sexual. Ele só tinha um grande defeito: quando amava, era extremamente absorvente, possessivo e obsessivo. Eu às vezes dizia-lhe: deixa-os respirar.

O Carlos só teve uma grande ligação em toda a vida - estava agora a tentar ter outra... [Essa grande ligação] foi o grande amor da vida dele. Era uma pessoa ligada ao meio artístico e conheceram-se quando o rapaz saiu da tropa. Tornou-se fotógrafo e procurou o Carlos, que estava no Correio da Manhã, para ver se ele lhe dava uma oportunidade.

Nunca se conseguiu ligar sentimentalmente a um homossexual, tinha que haver sempre uma componente de masculinidade. Essa ligação de 15 anos acabou porque o rapaz gostava de mulheres e o Carlos não aceitava isso. Quando uma pessoa entrava na sua vida, era só dele. Ele exigia o que dava. Acredito sinceramente - porque ele me disse - que nunca o traiu. O rapaz casou-se e houve um corte radical. O Carlos não queria aceitar e teve uma depressão terrível. Andou meses deprimidíssimo.

O amor mais maduro não resultava para ele. Porquê rapazes tão novos? Porque era ávido por beleza e só se é belo quando se tem 20 ou 30 anos. Eu também fui assim. Vivi 28 anos com o meu companheiro, que morreu em 2004, mas que era um rapaz de 25 quando o conheci. Mas ele foi amadurecendo ao meu lado, foi envelhecendo ao meu lado. Viver um amor com tanta diferença de idade é mais difícil nas relações homossexuais. Os mais novos vivem nesse jogo de entrega e rejeição, entrega e rejeição, e o homossexual mais velho não aceita isso.

Porque quando o Carlos tinha as suas paixões e acabavam, ele caía no imobilismo, na depressão. Era um exaltado em termos sentimentais. Um crédulo, e toda a vida, famoso como era, serviu de trampolim para muita gente. Teve muitas desilusões. Entregava-se totalmente e não queria ver que muitas vezes esses rapazes jogavam com o que tinham, a sua beleza, o seu corpo.

"A minha alma gémea"Este Natal, disse-lhe: "Carlos, tem cuidado." Estava a referir-me à decepção, porque ele [Renato Seabra, o suspeito do homicídio] é um rapazote de 21 anos e tu és um homem de 65 - claro que não me passava pela cabeça uma tragédia destas.

Eu não conheci o Renato, mas conheço toda a história, contada pelo Carlos, que começou há três meses. Na noite de Natal, o rapaz tinha ido para Coimbra estar com a família e, inevitavelmente, nós falámos nele. "Guilherme, desta vez encontrei o meu companheiro, a metade que me faltava. É a minha alma gémea", disse o Carlos. Eu respondi: "Conheço-te muito bem. Tem cuidado. Ele é uma pessoa ávida de fama e pode estar a fazer um aproveitamento." E ele: "Não, está apaixonadíssimo por mim." E eu a continuar: "Mais tarde ou mais cedo, ele vai seguir a sua vida, é inevitável, e tu sais muito mal disto." E ele respondia: "O Renato ama-me."

Ele precisava de acreditar que o amavam realmente, talvez porque teve muitos traumas na infância. O pai e um dos irmãos eram muito maus para ele, cruéis ao ponto de o torturarem. Ele ficou muito marcado e, por isso, tinha uma fome de amor, uma ânsia de ser amado.

O Renato, estou convencido, era heterossexual. Acredito que o rapaz nunca tivesse tido experiências homossexuais antes, mas esta era uma relação sexualmente consumada. Ele era ambicioso, mandava mensagens ao Carlos, eu vi algumas...

O que me chocou foi a violência deste crime. Se houve violência noutras relações? Que eu saiba, não. Eu tive suspeitas, mas ele nunca admitiu.

Durante a sua vida, o Carlos teve ameaças. Ele tanto despertava simpatias como ódios e não sabia dar a volta às situações, punha-se um pouco à espera que as pessoas fossem ao seu encontro.

Sei que esta viagem a Nova Iorque foi desastrosa, nos últimos dias as coisas não estavam bem entre eles. Havia discussões. O Renato terá confessado que matou para libertar os demónios, os vírus. Para libertar o pecado. Ele foi acólito durante uma série de anos em Cantanhede. Deveria ter a cabeça cheia de ideias sobre o pecado. E entra em extrema violência.

Quem o conheceu, entre os amigos do Carlos, diz que era uma pessoa fechada e com o olhar parado. Ele deve ter uma esquizofrenia qualquer, porque eu admito uma discussão, um encontrão, mas uma hora de brutal violência?

Alguma vez viram o Crepúsculo dos Deuses, quando Gloria Swanson desce a escadaria e diz "Estou pronta para o meu close-up"? Era a imagem que o Carlos tinha do fim da sua vida. Que ironia, não é? Ele sofreu o que sofreu, mas esta tragédia superou qualquer final trágico que ele pudesse imaginar.

Público
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Cremação do corpo de Carlos Castro marcada para hoje

As cerimónias fúnebres do colunista social Carlos Castro terão lugar no sábado e incluem missa rezada em Newark, Nova Jérsia, revelou a família.

Cláudio Montez, que acompanha duas irmãs de Carlos Castro em Nova Iorque, disse em Newark que o corpo será cremado hoje, um dia depois do previsto, e que só no sábado, depois da missa marcada para as 15.00 horas locais, será conhecido o local onde serão depositadas as cinzas.

Fora de questão está que as cinzas sejam espalhadas em Times Square, conforme era desejo do colunista social, e também no rio Hudson, como também se pensou.

"Tentar-se-á fazer a vontade ao Carlos, o mais real possível. Não vai ser no mar, não vai ser no rio, vai ser no cemitério, tem de ser no cemitério, com toda a dignidade", disse Montez aos jornalistas, em Newark.

"Foi pedido ao senhor que está encarregado de fazer a cerimónia que seja um local, obviamente oficial, o mais próximo da Broadway", referiu ainda o amigo de Carlos Castro.

No local, adiantou, será depositada apenas "parte das cinzas". "São feitas as duas vontades: a vontade do Carlos ficar em Nova Iorque e a vontade da família que não pôde vir toda. Será feita depois lá [em Portugal, uma segunda cerimónia], em dia e lugar a determinar", referiu Montez.

O corpo de Castro ainda não foi libertado, uma vez que ainda não foi emitida a certidão de óbito.

Castro, de 65 anos de idade, foi morto na sexta-feira no Hotel Intercontinental, próximo de Times Square.

Jornal de Notícias
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
345
Renato Seabra será ouvido amanhã por juiz

Renato Seabra só será presente para primeiro interrogatório judicial amanhã. A audiência esteve marcada para ontem, mas devido ao forte nevão que se abateu sobre Nova Iorque a diligência teve de ser adiada. Entretanto, já foi visitado pela sua mãe no hospital.

O jovem modelo, de 21 anos, devia ter sido presente, durante o dia de ontem, a um juiz no tribunal criminal da cidade, mas o mau tempo em Nova Iorque, devido à queda de neve, obrigou a um novo adiamento. Quando presente para primeiro interrogatório judicial, Renato Seabra vai tomar conhecimento se aguardará julgamento em liberdade sob fiança - uma hipótese remota, ou se permanecerá detido.

Ao que foi possível apurar, a acusação está a cargo das procuradoras Erin Duggan e Joan Vollero, que posteriormente levarão a tese da acusação a um tribunal de júri que decidirá se o arguido vai ou não a julgamento.

Este júri, denominado nos EUA, por grande júri, será composto por 22 cidadãos norte-americanos, de classes variadas. Normalmente em casos com os contornos do actual, este júri limita-se a confirmar a acusação e a dar o seu aval para que o julgamento seja marcado, ao que tudo indica, no prazo de seis meses.

Renato Seabra foi acusado, na segunda-feira, de homicídio em segundo grau, que equivale a dizer que o crime não foi premeditado ou foi cometido sob uma perturbação emocional extrema. Ainda assim incorre numa pena que poderá ir dos 25 anos de prisão à pena perpétua, sem possibilidades de extradição para Portugal.

Quanto muito e isto se Renato Seabra não for condenado à pena máxima, o jovem pode vir a requerer, segundo realçou, ao JN, Rogério Alves, uma autorização para continuar a cumprir a condenação no seu país de origem. Mas tal só poderá ser solicitado quando este cumprir, no mínimo, um terço da pena a que foi condenado.

Entretanto, a mãe de Renato Seabra já conseguiu visitar o filho, que está internado no Hospital Bellevue, em Nova Iorque.
Desde segunda-feira que Odília Pereirinha tentava contactar com o filho, mas a autorização só lhe foi concedida já na noite de anteontem (madrugada em Lisboa), e depois de o jovem ter sido transferido para a ala prisional do hospital.

A garantia foi dada ontem por Paula Fernandes, a advogada que está a acompanhar a família de Renato Seabra, em Portugal, que salientou ainda que o jovem modelo já tem um defensor nos Estados Unidos.

"O Renato já tem advogado e este já está a preparar a sua defesa e a tomar as diligências necessárias", disse, em declarações, à TVI. A causídica escusou, no entanto, adiantar mais pormenores, mas revelou que Odília Pereierinha já esteve com o filho: "Ao contrário do que tem sido dito, e que é mentira, Renato também já recebeu visitas. Entre elas, a mãe", avançou, lamentando que o modelo esteja a ser "apresentado como um monstro".

Jornal de Notícias
 
Topo