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França põe secreta atrás de chineses

Rotertinho

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Espionagem: Guerra tecnológica na corrida ao fim dos combustíveis
França põe secreta atrás de chineses

A presidência francesa de Nicolas Sarkozy entrou ontem no caso da espionagem industrial sobre os veículos eléctricos da Renault e, mesmo sem queixa concretizada pelo construtor automóvel, mandou a DCRI (Direction Centrale du Renseignement Interieur, ou seja, Direcção Central das Informações Internas) investigar a relação dos três altos quadros suspeitos, e já afastados do local de trabalho, com empresas da China.

O anúncio, feito em comunicado, seguiu--se à revelação pelo jornal ‘Le Figaro’ de que cerca de quatro meses de investigação dentro da Renault tinham conduzido a ‘clientes’ chineses. O site da revista ‘Le Point’ noticiou, mais tarde, que os contactos eram assegurados por uma empresa francesa e que os três quadros suspensos foram pagos através de contas bancárias abertas fora de França.

A suspensão dos quadros só aconteceu após provas irrefutáveis, até porque um deles, Michel Balthazard, de 56 anos, pertence ao núcleo dos 30 membros da administração. Os outros dois mandados para casa, na segunda-feira, com o conselho "o melhor é confessar", são Matthieu Tenenbaum, director adjunto do projecto Veículo Eléctrico, e Gérard Rochete, braço direito de Balthazard, encarregado da investigação.

O veículo eléctrico é uma grande aposta da Renault-Nissan, nº 4 do mundo nos automóveis, como se verifica com o lançamento do Leaf, já à venda em Portugal. O grupo investiu 4 mil milhões no projecto, dos quais 1,5 mil milhões na bateria, e já registou 56 patentes técnicas. A China, aflita com a poluição CO2, tem um programa de 1,36 mil milhões só para uma bateria que torne utilizável o veículo eléctrico, hoje limitado a uma autonomia de 150 km.

ACUSADO PERPLEXO COM HISTÓRIA DE ESPIONAGEM

Matthieu Tenenbaum, director adjunto do programa Veículo Eléctrico e um dos três quadros da Renault expulsos dos gabinetes na passada segunda-feira, recorreu ontem ao seu advogado para afirmar que "está atónito com as acusações de espionagem e espera explicações".

"Ele não entende o que se passa desde há quatro dias", disse o advogado. "Quando o expulsaram do gabinete, em poucos minutos, só lhe disseram, de forma lacónica e enigmática: ‘Sabemos tudo o que fez, o melhor era confessar.’"


Correio da Manhã
 
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