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"Tron": o culto continua

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Em 1982, a Disney estreava um filme de ficção inovador. Passados 28 anos, Jeff Bridges volta a interpretar a personagem de Kevin Flynn, desta vez dirigido por um visionário mas estreante cineasta. "Tron: o legado" chega às salas esta semana.

Na realização de Steven Lisberger, o filme capitalizava num tipo de entretenimento que, à época, começava a dominar a vida dos jovens um pouco por todo o Mundo: os jogos de computador. A história do primeiro "Tron" levava-nos para o interior de um jogo, para onde foi enviado Kevin Flynn, dono de um salão de jogos e conhecido "hacker". Lá dentro, Kevin tinha de aliar-se a Tron para conseguir libertar-se da armadilha de que tinha sido alvo por um poderoso pirata informático.

O filme recorria de forma modesta aos efeitos especiais mais básicos da altura, embora o conceito do projecto apontasse para uma paisagem geométrica e sem cor, em consonância com o visual dos primitivos jogos de computador desse período, em que muita gente se divertia com o hoje pré-histórico ZX Spectrum.

Apesar de o filme não ter conhecido sucesso de relevo, foi-se tornando-se um daqueles objectos de culto que os cinéfilos mais jovens têm curiosidade em procurar. Foi, pois, com naturalidade que os executivos da Disney começaram a interessar-se pela ideia de recuperar o título "Tron".

Cerca de dez anos após as primeiras trocas de impressões, reuniram-se as condições necessárias para a produção de um segundo filme, "Tron: o legado", que estreia entre nós esta semana. A começar por um realizador visionário, embora estreante.

Arquitecto de formação e autor de alguns filmes publicitários para marcas de referência, Joseph Kosinski foi localizado pelos executivos da Disney e é a ele que se deve a ideia que permitiu o projecto. Consciente de que o investimento seria avultado e receosa da recepção do mercado ao projecto, a produtora aceitou que Kosinski fizesse um pequeno filme, em que mostrasse o que a tecnologia dos dias de hoje poderia fazer associada ao conceito de "Tron".

Quando essa espécie de trailer ao contrário passou no San Diego Comic Con, foi a loucura. O projecto iria avançar e, 170 milhões de dólares mais tarde, o que representa dez vezes mais o orçamento do original e um dos mais avultados da história do cinema, Kosinski apresenta um filme que irá agradar aos saudosos do primeiro e colocar o conceito no imaginário dos mais jovens. Com um fim-de-semana de arranque nos Estados Unidos de 44 milhões de dólares, o filme vai já nos 130 milhões de receitas, apenas no mercado doméstico.

Além dos espectaculares efeitos especiais, captados com câmaras de 3D mais avançadas do que as usadas em "Avatar", da fabulosa banda sonora dos Daft Punk, cuja imagem de marca se deve precisamente ao primeiro "Tron", e da presença de novo de Jeff Bridges, contracenando em parte contra si mesmo, 30 anos mais novo, a grande conquista de "Tron: o legado" é mesmo a história. Tudo começa quando o filho de Kevin, Sam Flynn, recebe uma estranha mensagem vinda do há muito desactivado salão de jogos do pai.

Jornal de Notícias
 
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