- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 39,007
- Gostos Recebidos
- 366
Líderes islamistas radicais promoveram manifestação em Carachi, a capital económica do Paquistão
Mais de 50 mil pessoas manifestaram-se ontem em Carachi, Paquistão, contra uma proposta de alteração da lei da blasfémia que acabaria com a pena de morte para este crime.
Os protestos seguem-se à condenação de uma mulher cristã à morte, seguindo os ditames desta lei, e o assassínio do governador da província do Punjab, Salman Taseer, depois de este tentar uma reforma da legislação.
A morte do governador por um dos seus guarda-costas, com uma rajada de dezenas de balas - o assassínio político mais relevante dos últimos três anos no país -, provocou choque entre os moderados, mas levou a elogios de extremistas.
Este era o sentimento da manifestação organizada por partidos fundamentalistas islâmicos, onde, segundo a polícia, estiveram mais de 50 mil pessoas. A cidade de Carachi, capital económica do Paquistão, tem cerca de 18 milhões de habitantes.
Um cartaz referia-se ao presumível assassino de Tasser: "Mumtaz Qadri não é um assassino, é um herói."
A controvérsia sobre a lei da blasfémia começou quando um antigo ministro da Informação, Sherry Rehman, pediu o fim da pena de morte por blasfémia depois da condenação de uma mulher cristã, mãe de cinco filhos. A mulher é acusada de ter proferido em público insultos contra o profeta Maomé.
A casa de Sherry estava entretanto cercada por polícias e o político será alvo de protecção especial depois de líderes religiosos ameaçarem matar quem defenda a alteração da lei.
Políticos e líderes religiosos têm discutido acaloradamente se o Presidente Asif Ali Zardari deveria perdoar a cristã condenada, Asia Bibi.
O Paquistão nunca executou ninguém por blasfémia - as penas são normalmente suspensas ou comutadas em recurso. Mas o caso de Bibi expôs agora uma profunda fractura no país conservador, em que três por cento dos 167 milhões de habitantes não são muçulmanos.
Público
Mais de 50 mil pessoas manifestaram-se ontem em Carachi, Paquistão, contra uma proposta de alteração da lei da blasfémia que acabaria com a pena de morte para este crime.
Os protestos seguem-se à condenação de uma mulher cristã à morte, seguindo os ditames desta lei, e o assassínio do governador da província do Punjab, Salman Taseer, depois de este tentar uma reforma da legislação.
A morte do governador por um dos seus guarda-costas, com uma rajada de dezenas de balas - o assassínio político mais relevante dos últimos três anos no país -, provocou choque entre os moderados, mas levou a elogios de extremistas.
Este era o sentimento da manifestação organizada por partidos fundamentalistas islâmicos, onde, segundo a polícia, estiveram mais de 50 mil pessoas. A cidade de Carachi, capital económica do Paquistão, tem cerca de 18 milhões de habitantes.
Um cartaz referia-se ao presumível assassino de Tasser: "Mumtaz Qadri não é um assassino, é um herói."
A controvérsia sobre a lei da blasfémia começou quando um antigo ministro da Informação, Sherry Rehman, pediu o fim da pena de morte por blasfémia depois da condenação de uma mulher cristã, mãe de cinco filhos. A mulher é acusada de ter proferido em público insultos contra o profeta Maomé.
A casa de Sherry estava entretanto cercada por polícias e o político será alvo de protecção especial depois de líderes religiosos ameaçarem matar quem defenda a alteração da lei.
Políticos e líderes religiosos têm discutido acaloradamente se o Presidente Asif Ali Zardari deveria perdoar a cristã condenada, Asia Bibi.
O Paquistão nunca executou ninguém por blasfémia - as penas são normalmente suspensas ou comutadas em recurso. Mas o caso de Bibi expôs agora uma profunda fractura no país conservador, em que três por cento dos 167 milhões de habitantes não são muçulmanos.
Público