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50 mil paquistaneses pedem pena de morte para blasfémia

florindo

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Out 11, 2006
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Líderes islamistas radicais promoveram manifestação em Carachi, a capital económica do Paquistão

Mais de 50 mil pessoas manifestaram-se ontem em Carachi, Paquistão, contra uma proposta de alteração da lei da blasfémia que acabaria com a pena de morte para este crime.

Os protestos seguem-se à condenação de uma mulher cristã à morte, seguindo os ditames desta lei, e o assassínio do governador da província do Punjab, Salman Taseer, depois de este tentar uma reforma da legislação.

A morte do governador por um dos seus guarda-costas, com uma rajada de dezenas de balas - o assassínio político mais relevante dos últimos três anos no país -, provocou choque entre os moderados, mas levou a elogios de extremistas.

Este era o sentimento da manifestação organizada por partidos fundamentalistas islâmicos, onde, segundo a polícia, estiveram mais de 50 mil pessoas. A cidade de Carachi, capital económica do Paquistão, tem cerca de 18 milhões de habitantes.

Um cartaz referia-se ao presumível assassino de Tasser: "Mumtaz Qadri não é um assassino, é um herói."

A controvérsia sobre a lei da blasfémia começou quando um antigo ministro da Informação, Sherry Rehman, pediu o fim da pena de morte por blasfémia depois da condenação de uma mulher cristã, mãe de cinco filhos. A mulher é acusada de ter proferido em público insultos contra o profeta Maomé.

A casa de Sherry estava entretanto cercada por polícias e o político será alvo de protecção especial depois de líderes religiosos ameaçarem matar quem defenda a alteração da lei.

Políticos e líderes religiosos têm discutido acaloradamente se o Presidente Asif Ali Zardari deveria perdoar a cristã condenada, Asia Bibi.

O Paquistão nunca executou ninguém por blasfémia - as penas são normalmente suspensas ou comutadas em recurso. Mas o caso de Bibi expôs agora uma profunda fractura no país conservador, em que três por cento dos 167 milhões de habitantes não são muçulmanos.

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