- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,984
- Gostos Recebidos
- 345
A sua fotografia é uma das 50 que aparece no livro “Faces of Hope” (Rostos de Esperança). Nasceu quatro horas e quatro minutos após os ataques em Nova Iorque a 11 de Setembro de 2001, eram 12h50 no estado norte-americano de Maryland. Este sábado foi uma das seis pessoas que morreram no ataque em que foi atingida a congressista democrata Gabrielle Giffords junto a um supermercado em Tucson, no Arizona, em que também ficaram feridas 14 pessoas. Jared Loughner, de 22 anos, disparou sobre dezenas de pessoas e Christina Taylor Green não sobreviveu.
Christine Naman, a autora de “Faces of Hopes”, escolheu uma criança de cada estado norte-americano para representar a esperança que renascia dos escombros das Torres Gémeas e o rosto de Christina Taylor Green aparece na página 41, a preto e branco, de bandolete no cabelo e olhar bem desperto. Não imaginava que, no dia em que nasceu, o seu país vivia uma das piores tragédias da sua história.
Aos 9 anos, Christina Taylor Green já saberia que era um símbolo de esperança no dia em que a sua fotografia voltou a correr mundo. Eram 10h10 no Arizona, e o seu interesse precoce pela política levou uma vizinha a levá-la ao encontro da congressista Gabrielle Giffords, que está ainda hospitalizada e em estado grave.
“Era uma boa oradora”, contou o pai, John Green, ao “Arizona Daily Star”. “Via-a facilmente como política”. Ainda foi transportada para o hospital após o tiroteio, mas acabou por não resistir aos ferimentos. Os disparos atingiram também a vizinha que a acompanhava, Susy Almond, baleada quatro vezes e ainda a recuperar no hospital da Universidade de Tucson, no Arizona, depois de ter sido submetida a uma intervenção cirúrgica.
Talvez o interesse de Christina pela política estivesse relacionado com a data do seu nascimento. “O 11 de Setembro afectou toda a gente, ela sabia-o bem”, disse a mãe, Roxanna Green, ao diário britânico “The Guardian”.
Eleita representante dos alunos na escola primária que frequentava, Christina Taylor Green gostava de jogar basebol, nadar com o irmão Dallas, de 11 anos, e dançar ballet. Era a única rapariga na equipa infantil de basebol The Pirates, e era também filha e neta de jogadores – o avô é um antigo membro dos Philies, em Filadélfia, e o pai jogou nos Los Angeles Dodgers.
No Natal tinham-lhe oferecido uma guitarra e agora estava empenhada em aprender a tocar. No sábado de manhã tomou o pequeno-almoço com os pais e despediu-se, recorda John Green. “Tivemos nove anos maravilhosos com ela”.
Público