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Banco de Portugal aponta recessão de 1,3% este ano

florindo

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A economia portuguesa vai contrair-se 1,3% este ano e crescer 0,6% em 2012, de acordo com o Boletim de Inverno do Banco de Portugal, que, assim, revê em baixa as anteriores projecções.

"As projecções para a economia portuguesa apontam para que a actividade económica registe uma contração em 2011 e um crescimento limitado em 2012", afirma o documento, explicando que esta previsão assenta "num quadro de queda substancial da procura interna e de crescimento robusto das exportações, em linha com a evolução da procura externa".

O relatório, divulgado hoje, terça-feira, confirma o impacto das medidas de consolidação orçamental aprovadas pelo Governo no andamento da economia este ano, sublinhando que "esta evolução [recessão em 2011 e crescimento de 0,6% no próximo ano] é marcada pelo processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados e, em particular, tem subjacente uma significativa consolidação orçamental".

A revisão em baixa dos valores para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) são motivados, salienta o Banco de Portugal, "basicamente pela reavaliação das perspectivas para a procura interna, significativamente revista em baixa, e é extensível a todas as suas componentes".

Para o regulador e supervisor do mercado financeiro, "esta revisão é essencialmente determinada pelos efeitos das medidas de consolidação orçamental detalhadas no âmbito do Orçamento do Estado para 2011", uma vez que "as referidas medidas, que não tinham sido consideradas na anterior projecção, condicionam a evolução do rendimento disponível das famílias e, em consequência, as perspectivas para a procura".

Para além do impacto das medidas de contenção orçamental, a revisão em baixa é motivada também pela evolução do crédito: "A actual projecção contempla condições mais restritivas de acesso ao crédito para o sector privado ao longo do horizonte de projecção, que também contribui para limitar a evolução da procura interna".

Com a economia a contrair-se, o mesmo acontecerá, de acordo com as previsões da instituição liderada por Carlos Costa, com o Consumo Privado, que passa de uma evolução positiva de 1,8%, em 2010, para uma queda de 2,7% este ano e de 0,5% no ano seguinte. A anterior previsão apontava para uma queda de 0,8% em 2011.

O consumo público, que em 2010 avançou 3,2%, tem uma travagem ainda mais significativa, recuando 4,6% este ano e 1% no ano seguinte, quando se previa, no Boletim de Outono, que a quebra fosse de 1% este ano.

A previsão de subida da inflação, por seu lado, quase duplica face ao Boletim anterior, passando de 1,4% para 2,7%, este ano, abrandando para 1,4% em 2012

Jornal de Notícias
 
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