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Contabilista da Batalha burlou dezenas de empresas

florindo

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A Polícia Judiciária anunciou hoje, terça-feira, a conclusão de uma investigação relacionada com cerca de 50 crimes de burla qualificada, peculato e falsificação de documentos que terão sido cometidos por um contabilista da Batalha e seus colaboradores.

Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ, que remeteu o processo com proposta de acusação para o Ministério Público, informa que os crimes "lesaram gravemente cerca de 45 comerciantes e industriais das zonas de Porto de Mós, Batalha e Leiria, criando nalgumas empresas sérias dificuldades económicas".

"Os comerciantes entregavam numa empresa de contabilidade da zona da Batalha os montantes relativos aos pagamentos devidos à Segurança Social e ao Fisco, valores com que se locupletavam (enriqueciam) o contabilista e seus comparticipantes", acrescenta a PJ, esclarecendo que o montante global "ascendeu a cerca" de 1,1 milhões de euros.

O caso foi suscitado em Abril de 2009, data em que a PJ confirmou o início da "complexa" investigação à empresa Contibatalha, sediada na vila da Batalha, processo que conta agora com cinco volumes, 25 apensos e 110 anexos.

O inquérito foi desencadeado após a apresentação, por parte de vários empresários, de queixas junto da PJ, da GNR e da PSP.

A situação motivou, no mês seguinte, uma reunião com representantes de 49 empresas no Governo Civil de Leiria, no sentido de esta instituição fazer chegar ao Governo o pedido do perdão dos valores que os empresários julgavam pagos à Segurança Social e às Finanças, mas que terão sido, presumivelmente, apropriados pelos arguidos, e dos respectivos juros, decorrentes de processos de execução que começaram a correr por parte daquelas entidades.

Também o presidente da Câmara Municipal da Batalha escreveu na ocasião ao ministro do Trabalho e da Solidariedade Social a solicitar a criação de "medidas de excepção" para os empresários, "através da aceitação de planos de pagamentos ajustados à capacidade de cumprimento de cada entidade, isentos de coimas e juros de mora".

Fonte da PJ de Leiria, que se escusou a precisar o número de arguidos do processo, disse que se tratam de "várias pessoas ligadas à empresa", sobre as quais foi possível "determinar a responsabilidade criminal da sua actuação e da empresa".

A mesma fonte afirmou que a investigação "conseguiu estabelecer uma ligação entre a origem do dinheiro e o seu depósito bancário, na maioria das situações", referindo que "houve muito cheque falsificado para permitir os depósitos" de valores que deveriam ser remetidos à Segurança Social ou às Finanças.

A fonte, que explicou que os arguidos aguardam o desenrolar do inquérito sujeitos a termo de identidade e residência, nada esclareceu sobre se existem bens apreendidos à guarda do processo que permitam, na eventualidade de uma condenação, permitir às empresas a recuperação do dinheiro.

Jornal de Notícias
 
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