Detido na escola com pistola ilegal carregada

florindo · Jan 12, 2011

Um jovem de 17 anos, aluno da Escola Secundária Nuno Álvares, em Castelo Branco, foi detido na tarde de terça-feira, em pleno estabelecimento de ensino, na posse de uma arma ilegal, carregada, informou hoje, quarta-feira, a PSP.

Segundo fonte da PSP, a polícia foi chamada pela direcção da escola, depois de ter sido " comentado que um dos alunos teria consigo uma arma, dentro de uma sala de aula".

No final da aula, os agentes abordaram o aluno, confirmando que tinha consigo uma pistola de alarme transformada para o tipo 6.35 milímetros, carregada com cinco munições, que foi apreendida.

A PSP adiantou que "esta situação decorreu com toda a normalidade e não foi interrompida a aula, para que não se causasse pânico entre os alunos".

A direcção da Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA) confirmou que "tudo se passou, como se não se tivesse passado", pois "as actividades lectivas decorreram normalmente".

Internamente, "o processo disciplinar vai seguir os seus trâmites normais, sendo feita uma informação aos superiores hierárquicos da escola e ao Ministério Público".

As instâncias escolares irão, depois de analisar os factos, decidir as medidas a aplicar, que podem ir desde uma pena preventiva, como a repreensão, às penas sancionatórias, como a suspensão ou, em último caso, a transferência do aluno para outro estabelecimento.

O processo-crime decorre no Tribunal Judicial de Castelo Branco, independentemente do processo disciplinar que decorre no estabelecimento de ensino.

Jornal de Notícias

florindo · Jan 14, 2011

Suspenso aluno detido com arma

O aluno detido pela PSP na posse de uma arma de fogo devidamente municiada, terça-feira, numa escola secundária de Castelo Branco, já foi suspenso das aulas. No plano criminal, o jovem, de 17 anos, foi constituído arguido pelo Ministério Público (MP).

Depois de ouvido pelo MP de Castelo Branco, o aluno não foi sujeito a interrogatório de um juiz de instrução criminal, pelo que só ficou condicionado ao termo de identidade e residência, sem medidas de coacção adicionais. O MP terá entendido que a situação em que ficou o arguido não representa ameaça para a segurança de terceiros, nem para o decurso do inquérito criminal, em que está indiciado por detenção de arma proibida.

Na Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA), onde o adolescente frequenta o 10º ano do curso profissional que forma técnicos de energias renováveis, a sua directora evitou fazer "suposições" sobre a gravidade da situação. "Poderia ter havido uma coisa mais grave, como poderia não ter havido", respondeu ontem Maria Margarida Baptista, sobre a hipótese de a detenção do aluno, a meio de uma aula, ter evitado algum incidente grave.

Fontes ligadas ao processo não confirmaram nem desmentiram informações, do "Diário de Notícias", segundo as quais o jovem fora detido na posse de uma pistola de alarme transformada em arma de fogo de calibre 6.35 milímetros, bem como de cadernos com métodos de fabrico de explosivos e referências a locais de venda de substâncias químicas para o efeito.

À cautela, o aluno fica suspenso das aulas, até terminar o processo disciplinar já desencadeado. Tanto pode vir a ser castigado com uma advertência ou actividades de integração, como com a suspensão ou transferência para outra escola.

Ambiente normal na escola

A directora da ESNA manifestou "preocupação", salientando que "as várias entidades envolvidas agiram da melhor forma". "Neste momento, as actividades estão a decorrer normalmente. Mesmo o incidente ocorreu com a maior discrição, não houve pânico", sublinhou também. A maioria dos alunos da escola, segundo disse, só soube do sucedido pela comunicação social.

A responsável contou que a direcção da escola chamou a PSP depois de avisada de que o aluno teria uma arma consigo. Mas esta denúncia inicial não resultou de nenhum comportamento exibicionista do aluno, referiu. De resto, as informações disponíveis indicam que se trata de um jovem reservado, além de bom aluno.

Ainda assim, Maria Margarida Baptista informou que o adolescente, que reside na cidade de Castelo Branco e está no seu primeiro ano na ESNA, tem uma nota à disciplina de Química "substancialmente mais baixa" do que os 17 valores referidos por um jornal. A notícia, também baseada em testemunhos, relacionava uma alegada apetência do jovem pela Química com o eventual fabrico de engenhos explosivos.

A posse de arma proibida, tal como a apreendida, constitui um crime punível com pena de 1 a 5 anos de prisão ou multa até 600 dias. Como o arguido tem menos de 21 anos, beneficiará de uma atenuação especial da pena que reduz aquele limite máximo em um terço.

Jornal de Notícias

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