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Electrocutado com descarga de 15 mil volts ao furtar cobre

florindo

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Out 11, 2006
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Um indivíduo, de 24 anos, ficou gravemente ferido ao ser atingido por uma descarga eléctrica quando, alegadamente, tentava furtar cobre de uma fábrica desactivada, em Arcozelo, Gaia. Foi transferido, ontem, para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

A tentativa de furto ocorreu, cerca das 17.30 horas de anteontem, num posto de transformação de electricidade, instalado em terrenos da antiga fábrica de confecção da marca Mustang, na Rua das Hortas, e provocou ferimentos muito graves em Alexandre Rodrigues Folha, morador em Silvalde, Espinho.

Segundo um funcionário do piquete da EDP, o homem terá sofrido uma descarga de 15 mil volts.

Nas imediações, toda a gente percebeu que algo de anormal se havia passado. "A electricidade falhou e eu liguei para o piquete da EDP. Mas, entretanto, já outros vizinhos tinham chamado a GNR, pois viram indivíduos a fugir e uma carrinha a arrancar a alta velocidade", referiu o funcionário de uma serralharia.

Paredes meias com a unidade fabril, um promotor imobiliário ouviu "um grande estrondo" e viu "dois homens a correr pelo interior da fábrica".

"Ao mesmo tempo, um carro, branco, arrancou a grande velocidade. Estava com a minha cunhada e percebemos que era mais uma tentativa de assalto à fábrica. Os vizinhos já haviam chamado a GNR e eu estava junto ao portão quando ouço um barulho junto ao posto transformador e vejo um homem a caminhar, meio tonto, com os braços cruzados sobre o peito.

Disse à minha cunhada para ligar à Guarda e dizer que estava aqui mais um assaltante. Ele ouviu e fugiu pelo interior da fábrica", recordou a testemunha, que preferiu não se identificar.

O indivíduo fugiu na direcção da EN109 e, pelo caminho, terá encontrado uma mulher, a quem pediu ajuda por se encontrar ferido. Assustada, indicou-lhe uma clínica que fica à face daquela estrada. E foi sentado no jardim da clínica que Alexandre Folha foi encontrado pelos Bombeiros Voluntários da Aguda, aparentemente chamados por funcionários daquele estabelecimento.

Rui Neves, que conduzia a ambulância e ajudou a prestar os primeiros socorros à vítima, afirmou, ao JN, que nunca vira "uma pessoa tão queimada".

"Ele estava consciente e, por coincidência, era amigo da colega que seguia comigo. Disse-nos que o carro onde seguia tinha tido uma avaria e que, ao tirar as velas, tinha havido uma explosão que o queimara", recordou o bombeiro.

Segundo o socorrista, da mão direita só se via "pele pendurada, como se fosse papel". "Mas quando lhe rasgamos o blusão, a carne quase tinha desaparecido no braço esquerdo. Viam-se os ossos. Depois, percebemos que a perna esquerda também estava queimada. Levamo-lo até junto do horto, onde nos encontramos com a VMER do Hospital de Gaia", referiu.

Alexandre Folha foi levado para o Hospital Eduardo Santos, mas, dada a gravidade das suas queimaduras, foi transferido, ao final da tarde, para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Jornal de Notícias
 
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