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Portugueses na Tunísia queixam-se de falta de apoio

florindo

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Apesar das queixas dos portugueses que esperam no aeroporto de Tunes pelo regresso a Portugal, Governo garante que mantém o grupo "regularmente informado" do evoluir da situação no país e das "recomendações de segurança coordenadas com as outras embaixadas da União Europeia.

O comunicado publicado na página de internet do Ministério dos Negócios Estrangeiros garante que o Governo acompanha "de perto" a situação na Tunísia e que está em contacto com os portugueses inscritos no consulado e com os que entraram em contacto com o Governo.

"O MNE em Lisboa e a embaixada em Tunes estão em contacto com os nossos compatriotas que residem naquele país e estão inscritos na respetiva secção consular e com os que solicitam informações, mantendo-os regularmente informados do evoluir da situação e das recomendações de segurança coordenadas com as outras Embaixadas da UE", lê-se no comunicado.

Uma informação contrariada por João Cunha, um dos portugueses que aguarda pelo regresso, e que aos microfones da TSF relatou as condições dramáticas vividas no aeroporto de Tunes. "Estamos aqui pior que mendigos dentro do aeroporto, não há que comer nem beber, está tudo esgotado", disse João Cunha, desmentindo categoricamente qualquer contacto com o MNE.

Ainda segundo João Cunha, "situação nas ruas é caótica e há civis armados".

A nota do MNE diz ainda que o Governo português "apela ao fim dos actos de violência e de pilhagem e exorta à contenção de todas as partes". O Executivo espera que as autoridades e o povo tunisino "saibam encontrar, através do diálogo e da concertação, uma rápida saída para a crise, garantindo a consolidação da democracia e da paz social".

Jornal de Notícias
 

florindo

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Portugueses na Tunísia acusam Governo de estar a mentir

Portugueses na Tunísia dizem-se abandonados pelo Governo português que, garantem, ainda não os contactou para os ajudar a sair do país. A versão e contrariada, hoje, em comunicado, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"Nunca fui contactado. Não foi efectuado nenhum contacto telefónico pela embaixada, pelo menos, ao grupo de portugueses com quem tenho estado nestes últimos dias. Ninguém foi contactado e estamos todos inscritos (no consulado) com números de telefones portáteis, e-mails, tudo", disse Nuno Durães.

O português a trabalhar na Tunísia há oito anos lamenta que "se continue a insistir numa mentira". "Até agora os serviços consulares e a embaixada não têm feito nada por nós. Ainda ontem [sábado] ouvimos uma entrevista do Presidente da República a dizer que todos os portugueses foram contactados e que ninguém mostrou vontade de sair da Tunísia e é uma total mentira", sublinhou.

"As pessoas têm de ter a coragem de assumir que não conseguem fazer nada. Ponto final. É isso que nós pretendemos, que, pelo menos, não tentem enganar a opinião pública", afirmou Nuno Durães.

O português disse que apenas foi enviado um e-mail, a algumas pessoas, no dia 12 de janeiro com informações "básicas e banais: não saiam de casa, não participem em manifestações, não tirem fotografias".

Nuno Durães disse ainda que têm tentado contactar com a embaixada e que no sábado conseguiram falar com o vice-cônsul que lhes disse não haver "nenhum plano de evacuação dos portugueses".

Assumindo que estão por sua "conta e risco" este grupo de portugueses conseguiu arranjar alguns bilhetes de avião e vai hoje, domingo, tentar embarcar algumas mulheres e crianças para Portugal.

"Amanhã vamos tentar arranjar mais [bilhetes] para enviar mais alguns e é assim que estamos a tentar resolver a situação", indicou.

Contactado pela Lusa, fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga, reafirmou que "todos os portugueses registados têm sido contactados pela embaixada".

Residem oficialmente na Tunísia cerca de 120 portugueses.

A residir em Sousse, a cerca de 150 quilómetros de Tunes, Nuno Durães descreveu esta noite como "mais calma do que a anterior", apesar de ainda se ouvirem algumas rajadas de metralhadoras. "Os cidadãos estiveram toda a noite na rua em vigília a tentar defender as suas propriedades, os seus negócios, as suas casas dos bandos que se estão a aproveitar da situação caótica para fazer pilhagens", relatou.

Nuno Durães disse ainda que as grandes cadeias de supermercados estão fechadas e que, no sábado, "ainda havia algumas mercearias com alguns bens", cujos preços "dispararam".

"Hoje não sei, mas que há o perigo de começar a haver escassez em tudo o que é alimentação", afirmou.

A Tunísia mergulhou no caos em meados de Dezembro, quando milhares de pessoas saíram à rua em protesto contra a política económica do Governo e foram reprimidas de forma violenta, causando vários mortos.

Na sexta-feira, o ex-presidente da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita e foi definitivamente afastado do poder pelo Conselho Constitucional no sábado, que declarou um vazio no poder e nomeou o presidente do Parlamento, Foued Mebezza, presidente interino, como prevê a Constituição.

Jornal de Notícias
 
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