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Portugueses estão cada vez mais pobres, alerta presidente da Caritas

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O presidente da Cáritas Portuguesa disse hoje, domingo, que o país está a vencer a batalha contra o défice à custa de muitos sacrifícios e sem que se permita às pessoas com mais dificuldades o acesso à protecção social necessária.

"Está-se a vencer esta batalha [défice] à custa de muito, muito, muito sacrifício e não se tem dado, paralelamente, condições às pessoas, sobretudo àquelas que estão em situações mais difíceis, para terem acesso à protecção social necessária para minorarem as dificuldades que estão a sentir", afirmou Eugénio Fonseca.

O responsável, que participou em Fátima no XI Encontro de Formação de Agentes Sócio Pastorais, considerou que os "próprios governantes reconhecem que as medidas que tomaram por via orçamental vão ter implicações na vida das pessoas que lhes vão gerar muitas dificuldades".

Adiantando que continua a ser solicitada ajuda à Cáritas e acreditando que assim vai continuar devido ao desemprego e à diminuição dos recursos disponíveis dos cidadãos, Eugénio Fonseca reiterou a "impossibilidade das instituições responderem a todas as necessidades".

Para o responsável, o "grande desafio" passa pela criação de condições para que as pessoas não se tornem pobres de longa duração, num momento em que, admitiu, a população portuguesa está cada vez mais pobre.

"Essa é uma constatação que só quem não quiser ver é que não reconhece isso, porque é inevitável", sustentou, enumerando a este propósito as repercussões das medidas que foram tomadas no âmbito dos planos de Estabilidade e Crescimento e do Orçamento para 2011.

Eugénio Fonseca referiu que o país assistia a um decréscimo de pobreza, resultado, sobretudo, do "aumento das transferências sociais", como o Complemento Solidário para Idosos ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

"Só estas duas medidas fizeram reduzir em quatro anos a pobreza de 20 para 18%", declarou, reconhecendo que embora o ritmo fosse "lento", estava a acontecer.

Sobre o RSI, o dirigente lamentou que "alguns tivessem feito um ataque cerrado" a esta medida "com base nalguns que o usavam fraudulentamente".

"Com essa sua postura, que foi destrutiva e não correctiva, levaram a que muitas famílias que beneficiavam e tinham aí um recurso que era paliativo para a situação, mas que as ajudava a vencer muitas das dificuldades, estão agora a passar por dificuldades", anotou.

Eugénio Fonseca disse estar convencido de que se se cruzarem "as taxas de desemprego com os níveis de pobreza", sabendo que "muitos portugueses desempregados caem automaticamente em situação de pobreza", já não se pode falar "de 18% de pobres, mas mais".

Jornal de Notícias
 
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