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O acesso aos mercados de financiamento por parte dos bancos portugueses continua a ser muito limitado, o que afecta negativamente a sua qualidade de crédito, diz a Moody’s. E não se pode esperar que o BCE mantenha as medidas excepcionais de apoio ao sector por muito mais tempo.
"Não se pode esperar que o BCE continue a prestar assistência durante um longo período de tempo", salienta a analista Olga Cerqueira, que assina o Weekly Credit Outlook a que o Negócios teve acesso.
"O BCE ou o Banco de Portugal poderá obrigar os bancos a reduzirem a alavancagem, o que pode ter consequências sobre as suas receitas e obrigar a reestruturações significativas, ou a recapitalizarem-se para níveis que suportem a confiança do mercado", diz a Moody’s.
"Qualquer um dos cenários aumentaria a incerteza para os credores, especialmente no que está relacionado com a repartição dos encargos com essas recapitalizações", acrescenta a agência de notação.
A exposição da banca nacional ao Banco Central Europeu (BCE) voltou a aumentar em Dezembro, para o nível mais elevado desde Agosto. No total, os empréstimos da autoridade monetária aos bancos portugueses ascendem a 40,8 mil milhões.
De acordo com a Moody's, a banca portuguesa tem a terceira maior dependência do BCE entre os países da Zona Euro, atrás da Irlanda e da Grécia, tendo em conta o peso nos activos e no PIB.
Jornal de Negócios
"Não se pode esperar que o BCE continue a prestar assistência durante um longo período de tempo", salienta a analista Olga Cerqueira, que assina o Weekly Credit Outlook a que o Negócios teve acesso.
"O BCE ou o Banco de Portugal poderá obrigar os bancos a reduzirem a alavancagem, o que pode ter consequências sobre as suas receitas e obrigar a reestruturações significativas, ou a recapitalizarem-se para níveis que suportem a confiança do mercado", diz a Moody’s.
"Qualquer um dos cenários aumentaria a incerteza para os credores, especialmente no que está relacionado com a repartição dos encargos com essas recapitalizações", acrescenta a agência de notação.
A exposição da banca nacional ao Banco Central Europeu (BCE) voltou a aumentar em Dezembro, para o nível mais elevado desde Agosto. No total, os empréstimos da autoridade monetária aos bancos portugueses ascendem a 40,8 mil milhões.
De acordo com a Moody's, a banca portuguesa tem a terceira maior dependência do BCE entre os países da Zona Euro, atrás da Irlanda e da Grécia, tendo em conta o peso nos activos e no PIB.
Jornal de Negócios