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Desemprego de longa duração sobe desde 2008

florindo

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O desemprego de longa duração aumentou 24,8% em Dezembro do ano passado face a igual período de 2009, repetindo a tendência registada já em 2009, quando comparado com 2008 (+23,3%). São 226 280 os que procuram trabalho há mais de um ano.

Os dados ontem, segunda-feira, divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) relativos a Dezembro de 2010 revelam que estavam inscritos nos centros de emprego 541 840 pessoas, mais 17 166 desempregados que em igual período de 2009 (3,3%), e menos 0,9% (5086 inscritos) que em Novembro passado.

O desemprego de longa duração (inscritos há um ano ou mais tempo) continua a representar uma grande fatia dos inscritos (41,8%) e no final de 2010 registou um crescimento de 24,8% face a 2009, que já tinha registado um aumento de 23,3% face a 2008.

"O aumento do desemprego de longa duração era expectável no actual contexto de diminuição das ofertas de emprego. O que está também a acontecer de diferente prende-se mais com a idade do desempregado de longa duração. Há cinco anos, não havia praticamente ninguém com menos de 35 anos nessa situação, mas agora tudo mudou. Chegamos a ver pessoas com 30 anos à procura de trabalho há um ano ou mais", afirma Luís Bento, professor universitário e especialista em recursos humanos.

Os dados do desemprego de longa duração do IEFP denunciam, aliás, uma tendência idêntica aos apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No terceiro trimestre de 2010, o INE refere a existência 609,4 mil desempregados, 339,2 mil dos quais procuravam trabalho há mais de 12 meses. Recuando um ano, os desempregados de longa duração na estatística do INE eram 253,4 mil.

O secretário de Estado do Emprego, Valter Lemos, destacou a redução de 20 mil inscritos face ao mês de Novembro, afirmando que os números indicam que "o pior já passou", mas admitiu que a taxa de desemprego vai ficar acima dos 10,6% previstos pelo Governo. "O secretário de Estado está demasiado optimista, o que contraria a estimativa do Banco de Portugal", contrapõe Luís Bento. A instituição presidida por Carlos Costa aponta para uma taxa desemprego de 11,9%, o equivalente à perda de 60 mil empregos ao longo deste ano.

De acordo com o IEFP, o "fim de trabalho não permanente" (contratos a prazo) continuou a ser "uma vez mais o principal motivo de inscrição dos desempregados no continente ao longo do último mês de 2010, representando 44,1% das inscrições efectuadas no decurso do mês de Dezembro de 2010", sublinhando que a "região do Algarve distingue-se das restantes, na medida em que é a região onde este motivo ganha maior peso (70%)".

A procura de um novo emprego, cujas inscrições ainda representam uma larga maioria (92,4%), continuaram a aumentar (3,1%) em Dezembro, mas foram as inscrições para o primeiro emprego que registaram a maior subida (5,3%).

Jornal de Notícias
 
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