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O novo Governo de unidade nacional da Tunísia desmoronou-se poucas horas após ter assumido funções no meio de uma vaga de protestos contra a inclusão de membros do antigo ditador Ben Ali.
Os tunisinos, cujos protestos forçaram a fuga do anterior presidente, não parecem dispostos a aceitar que 12 dos 20 ministros sejam membros da União Constitucional Democrática (RDC), o partido do líder deposto.
Os protestos apontam a existência de um reduzido número de opositores no novo governo assim como a inexistência de mulheres, sendo que os membros do anterior regime ocupam os lugares mais importantes - ministérios do Interior, Defesa, Finanças e Negócios Estrangeiros.
Entretanto, a União Geral dos Trabalhadores Tunisinos (UGTT) anunciou a saída do Governo dos seus três representantes. A decisão da central sindical foi anunciada na manhã de hoje, terça-feira, pela rádio, e foi justificada precisamente pela presença no Governo de membros do partido do ex-presidente Zine al-Abidine Ben Ali.
Os protestos continuam também nas ruas de Tunes, a capital, tendo a polícia dispersado violentamente hoje, terça-feira, de manhã, uma manifestação liderada por um ex-dirigente islâmico e ex-preso político.
Sadok Chouru, de 63 anos, foi líder do movimento islâmico tunisino proibido Ennahda (Renascimento) e libertado a 30 de Outubro, depois de 20 anos na prisão pelas suas actividades políticas.
"O novo governo não representa o povo e deve cair. Não ao RDC", (Rassemblement Constitutionnel Démocratique), partido do ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali, disse Chouru a um jornalista da agência France Presse durante a manifestação.
O protesto reuniu cerca de 100 pessoas, segundo a France Presse, ou 200, segundo a Associated Press, na avenida Habib Bourguiba, no centro de Tunes.
A Polícia disse aos manifestantes para dispersarem, dado estar em vigor o estado de emergência que proíbe qualquer reunião pública de mais de três pessoas, e disparou granadas de gás lacrimogéneo.
Contrariamente à contenção mostrada pela Polícia numa manifestação semelhante ontem, segunda-feira, as forças de segurança dispersaram a manifestação com bastonadas.
Em Paris, um porta-voz do Ennahda, Houcine Jaziri, afirmou hoje à France Presse que o movimento "não vai apresentar um candidato à presidência" nas eleições previstas para dentro de seis meses, mas que pretende participar nas legislativas, considerando que "não haverá transição democrática sem o Ennahda".
Jornal de Notícias
Os tunisinos, cujos protestos forçaram a fuga do anterior presidente, não parecem dispostos a aceitar que 12 dos 20 ministros sejam membros da União Constitucional Democrática (RDC), o partido do líder deposto.
Os protestos apontam a existência de um reduzido número de opositores no novo governo assim como a inexistência de mulheres, sendo que os membros do anterior regime ocupam os lugares mais importantes - ministérios do Interior, Defesa, Finanças e Negócios Estrangeiros.
Entretanto, a União Geral dos Trabalhadores Tunisinos (UGTT) anunciou a saída do Governo dos seus três representantes. A decisão da central sindical foi anunciada na manhã de hoje, terça-feira, pela rádio, e foi justificada precisamente pela presença no Governo de membros do partido do ex-presidente Zine al-Abidine Ben Ali.
Os protestos continuam também nas ruas de Tunes, a capital, tendo a polícia dispersado violentamente hoje, terça-feira, de manhã, uma manifestação liderada por um ex-dirigente islâmico e ex-preso político.
Sadok Chouru, de 63 anos, foi líder do movimento islâmico tunisino proibido Ennahda (Renascimento) e libertado a 30 de Outubro, depois de 20 anos na prisão pelas suas actividades políticas.
"O novo governo não representa o povo e deve cair. Não ao RDC", (Rassemblement Constitutionnel Démocratique), partido do ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali, disse Chouru a um jornalista da agência France Presse durante a manifestação.
O protesto reuniu cerca de 100 pessoas, segundo a France Presse, ou 200, segundo a Associated Press, na avenida Habib Bourguiba, no centro de Tunes.
A Polícia disse aos manifestantes para dispersarem, dado estar em vigor o estado de emergência que proíbe qualquer reunião pública de mais de três pessoas, e disparou granadas de gás lacrimogéneo.
Contrariamente à contenção mostrada pela Polícia numa manifestação semelhante ontem, segunda-feira, as forças de segurança dispersaram a manifestação com bastonadas.
Em Paris, um porta-voz do Ennahda, Houcine Jaziri, afirmou hoje à France Presse que o movimento "não vai apresentar um candidato à presidência" nas eleições previstas para dentro de seis meses, mas que pretende participar nas legislativas, considerando que "não haverá transição democrática sem o Ennahda".
Jornal de Notícias