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Segurança sanitária "presa" a redes sociais

florindo

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Catástrofes naturais ou provocadas, exigem cada vez mais a preparação concertada entre países e as autoridades de cada país. Mas estas têm de contar agora com as vozes das redes sociais, sob pena de verem falhar o combate a riscos e ameaças.

"Antes, as desconfianças eram caseiras, agora, aparecem com credibilidade no YouTube". Esta constatação foi feita ontem, terça-feira, por Constantino Sakellarides, perito em saúde pública, quando participava num seminário organizado pelo Instituto de Defesa Nacional sobre "Segurança Sanitária- Pandemias, Riscos (nucleares, biológicos, químicos e radiológicos) e Catástrofes".

O orador lembrou o caso da pandemia de gripe A e a forma como se expandiam desconfianças sobre a vacina. "Basta uma pequena percentagem de pessoas para a atmosfera mudar quanto à percepção de um problema", constatou, para afirmar que "já não se pode responder com uma autoridade" a situações sanitárias colectivas de emergência.

A resposta, defenderia depois junto do JN, está no desenvolvimento de estratégias locais de saúde para ir ao encontro de crises que se prolongam. Segundo a observação do mesmo especialista, "perante uma ameaça súbita, as pessoas comportam-se de uma maneira distinta (e aí podem as autoridades contar com a cumplicidade das pessoas) de quando o fenómeno não é agudo". Será neste último caso que as estratégias locais de saúde devem estar operacionais.

Nem só a questão da pandemia de gripe esteve em análise neste seminário em que alguns dos oradores referiram o 11 de Setembro como ponto de viragem. E isto porque se falava também em crises criadas por outros ataques como o do gás sarin (no Japão), do pó branco (ou antrax, nos EUA), bem como a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda).

Francisco George admite que "cometas epidémicos" como este último, o VIH e a gripe tenham marcado a sua presença antes na história da humanidade e que tal vai voltar a repetir-se. Defende, por isso, a "preparação de respostas rápidas para estes problemas".

"A melhor forma de fazer face à catástrofe é estar preparado, porque ela não escolhe dia nem hora", disse Abílio Ferreira Gomes, coronel médico do Exército, que exerceu funções como presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Ele defendeu a cooperação civil e militar e que "a segurança sanitária deve ser considerada um sector estratégico do país". Depois de referir os diversos níveis de risco, desde a catástrofe ao acidente grave, constatou que "na resposta às crises, as nações são cada vez mais interdependentes".

Ainda para Ferreira Gomes, no plano nacional, "tem vindo a ser feita uma articulação de serviços (de socorro na emergência) que anos antes não acontecia". Como exemplo, lembrou o grave acidente com 80 viaturas, na A25, no último Verão.

Ainda sobre emergência, afirmou que a estrutura dos bombeiros "ainda que sempre pronta a acudir, é a mais frágil, por depender do voluntariado".

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