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Dizem que são perseguidos por boicotar eleições

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RoterTeufel

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Dizem que são perseguidos por boicotar eleições

Em 2006, a população de Passos, Cabeceiras de Basto, manifestou-se contra o presidente da Câmara no dia das eleições presidenciais.Não houve votação e um grupo foi constituído arguido. Processo não avança, mas, sempre que há eleições, é chamado pelo MP.

Quando, em Janeiro de 2006, um grupo de populares da freguesia de Passos, Cabeceiras de Basto, impediu o acesso dos eleitores às mesas de voto estava longe de pensar que, cinco anos volvidos, o processo ainda se arrastasse nos tribunais e, pior, se sintam intimidados pelo facto de "só receberem notificações para ir a tribunal na proximidade de actos eleitorais".

Em Janeiro de 2006, a população de Passos saiu à rua para boicotar as eleições presidenciais em protesto contra aquilo a que chamaram "perseguição" que entendiam estar a ser perpetrada pelo presidente da Câmara de Cabeceiras de Basto, Joaquim Barreto. Relatavam, à época, os populares, que a autarquia havia mudado a forma como tratava a freguesia desde que a Junta mudou de um presidente socialista para um social-democrata. Concretamente, os manifestantes alegavam que a edilidade tinha cortado o acesso à sede da Junta, ao Centro de Dia, aos sanitários e que teria, inclusive, cortado a electricidade no gabinete do presidente da Junta. Ainda nesse ano, a população foi ouvida, uns na qualidade de testemunhas e outros de queixosos.

Segundo o processo, em 2007 e 2008 não houve qualquer notificação no âmbito do processo, anos em que não houve actos eleitorais. Já em 2009, cerca de 40 populares foram notificados duas vezes pelo Ministério Público na qualidade de arguidos, num ano em que se realizaram três actos eleitorais: Europeias, Legislativas e Autárquicas. "Há um sentimento generalizado na população de que isto é uma forma de intimidação", afirmou um habitante de Passos. Esse sentimento foi agudizado este mês, altura de presidenciais, quando os arguidos foram de novo notificados para comparecer em tribunal. "Mais uma vez, há eleições e somos notificados. Parece que nos estão a lembrar para não repetir", conclui.

Outra das questões levantadas pela população é o tempo que já leva a inquirição deste processo, que estará perto da prescrição, e ainda o facto de terem interposto um processo contra as autoridades (GNR, Governo Civil e Câmara Municipal) e de o não ter evolução há bastante tempo.

Contactado pelo JN, Eugénio Marinho, advogado dos populares, não quis fazer a associação de "perseguição", que sentem os habitantes de Passos, e considera que tudo poderá não passar de uma "coincidência".


J.Noticias
 
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