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China assume rever direitos humanos

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Operação de charme de Obama a Hu Jintao devolve-lhe popularidade

Hu Jintao assumiu hoje, quinta-feira, ao terceiro dia de visita a Washington, o maior compromisso sobre direitos humanos jamais ouvido em público a um presidente chinês. "Vamos continuar a esforçar-nos para melhorar a vida dos chineses e a nossa própria lei", prometeu.

Barack Obama e Hu Jintao encontraram-se oito vezes ao longo das suas vidas e em todas elas debateram a questão dos direitos humanos, revelou ontem o líder chinês, reconhecendo que "a China tem muito a aprender com os outros países". Estava assim dado o tiro de partida para que a China possa ser reconhecida não só como potência mundial, mas também como referência universal.

Em conferência de Imprensa, Barack Obama, pressionado pelas incumbências de um laureado com o prémio nobel da Paz, afirmou que "a China é uma cultura diferente, com uma história diferente", mas que os EUA consideram que "os direitos humanos são uma necessidade que transcende culturas". O que poderia ter provocado uma tensão ainda maior entre os dois países - recorde-se que o nobel de 2010 é o dissidente chinês Liu Xiaobo - acabou por assinalar um momento histórico. Um momento ainda mais importante por coincidir com o dia em que Obama inaugurou a segunda metade do seu mandato. O sucesso do encontro com o homólogo chinês serviu para lhe devolver a popularidade e ditar a decisão de se recandidatar em 2012.

Mas Obama correu riscos ao oferecer a Hu Jintao a mais emblemática festa da Casa Branca - o jantar de Estado. Há mais de 13 anos que um presidente chinês não recebia este convite. Até porque a história é rica em exemplos de visitas chinesas a Washington que correram mal. Anteontem, no entanto, descontando o facto de os congressistas não terem comparecido ao jantar oficial - o terceiro concedido por Obama a um presidente estrangeiro em dois anos de presidência - correu bem. E Hu Jintao até respondeu com humor, quando questionado sobre a ausência dos congressistas. "Obama está mais habilitado a interpretar os gestos do Congresso", respondeu aos jornalistas.

A verdade é que também o presidente chinês gastou o dia de ontem em operações de charme aos americanos. Reuniu com os principais líderes dos democratas e dos republicanos e garantiu que "nunca como hoje a China e os EUA partilharam tantos interesses comuns, mesmo em matéria de direitos humanos", insistiu. O entendimento entre as duas potências, concluiu, "é um grande contributo para a paz e a estabilidade mundial."

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