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Apanhado em contramão confessa que bebeu e entrou em pânico

florindo

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"Estava escuro, chovia e fui encandeado por luzes de outro carro. Quando me apercebi, entrei em pânico, não sabia o que fazer". Foi a explicação do condutor, de 67 anos, para os cinco quilómetros que circulou em contramão, na A29, em Gaia. Admitiu ter bebido.

Ramiro Moreira, motorista de uma empresa de "serviços externos", residente em Canelas (Gaia), disse ter entrado pela primeira vez numa sala de tribunal. Depois de uma espera de três horas e meia para ser ouvido - havia outros processos à frente - confessou, ontem, ao juiz os factos ocorridos na noite do passado dia 2 de Janeiro.

O sexagenário, que seguia ao volante de uma carrinha, contou que entrou na auto-estrada pela "rotunda de Canelas" e que a sua intenção era ir a casa de um familiar, em Miramar, no mesmo concelho.

Alegou não ter dado conta de que passou a circular em sentido contrário, por causa da escuridão e da chuva e de um suposto encandeamento provocado por outro veículo. "Quando me apercebi, entrei em pânico, não sabia o que fazer. Ainda encostei o mais possível à direita", declarou o arguido, explicando que pretendia seguir até Arcozelo e, ali, retomar a marcha normal.

"Tive o azar de embater noutro carro", continuou, reconhecendo que circulou cerca de cinco quilómetros em infracção. Depois de ter-se envolvido no acidente, já na zona de Arcozelo, foi interceptado por elementos do Destacamento de Trânsito da GNR, tendo acusado uma taxa de alcoolemia de 1,86 gramas/litro.

Questionado sobre este facto, Ramiro reconheceu ter consumido "dois copos de vinho e uma cerveja", mas garantiu não ter ficado com a noção de que estava embriagado". "Foi a primeira vez na minha vida que me aconteceu uma coisa destas", insistiu.

Nas alegações finais, o procurador do Ministério Público pediu a condenação por crimes de condução sob influência do álcool e condução perigosa. Já a advogada de defesa salientou o "arrependimento" do condutor, apelando a que a decisão judicial não passe pela cassação da carta.

Embora se trate de um julgamento sumário, a sentença não foi lida já ontem, tendo ficado agendada para o próximo dia 26, às 13.30 horas, no 4ª Juízo Criminal do Tribunal de Gaia.

Jornal de Notícias
 

florindo

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Condutor em contramão obrigado a ir a cursos e consulta

O homem que guiou alcoolizado quase cinco quilómetros em contramão, na A29, em Gaia, foi condenado a uma pena de seis meses de prisão, suspensa pelo período de um ano, com a condição de frequentar cursos de prevenção rodoviária e de ser sujeito a uma consulta de alcoologia. Além disso, Ramiro Moreira, de 67 anos, ficou proibido de conduzir qualquer tipo de veículo com motor durante sete meses.

O juiz do Tribunal de Gaia considerou o caso "muito grave e censurável", sublinhando que, enquanto conduziu em sentido contrário, o indivíduo criou perigo a vários automobilistas que se cruzaram com ele na A29 e que tiveram de se desviar para evitar o acidente. Chegou mesmo a provocar uma colisão com uma das viaturas que circulava na via. No teste de alcoolemia, acusou uma taxa de 1,88 gramas/litro.

Também salientado como agravante foi o facto de Ramiro Moreira ter a profissão de motorista, pelo que lhe era exigido "maior dever de cuidado". Na noite do passado dia 2, o sexagenário entrou na auto-estrada pelo nó de Canelas e só parou na zona de Arcozelo, como ele próprio admitiu na sessão anterior do julgamento sumário.

"Estava escuro, chovia e fui encandeado por luzes de outro carro. Quando me apercebi, entrei em pânico, não sabia o que fazer", alegou, na altura, em tribunal. Acabou condenado pelo crime de condução perigosa.
O juiz considerou que uma pena de multa não era suficiente e decidiu condenar o arguido a uma pena suspensa de prisão, sujeita a uma série de obrigações, inclusive o acompanhamento de técnicos de reinserção social no âmbito do Programa Stop, destinado a evitar reincidência na condução em estado de embriaguez.

Ramiro terá ainda de submeter-se a uma consulta médica de alcoologia e, a comprovar-se um problema com álcool, ter o respectivo tratamento

Jornal de Notícias
 
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