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Confrontos na Albânia causam três mortos

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Três pessoas morreram em confrontos entre a polícia e manifestantes na capital da Albânia, onde milhares protestaram contra o Governo do primeiro-ministro Sali Berisha.

“Três pessoas morreram, 17 polícias e soldados ficaram feridos, incluindo três com gravidade, para além de 22 civis”, adiantou à AFP Sami Koceku, líder do serviço de urgência do hospital militar de Tirana. Mais tarde, fontes hospitalares adiantaram à agência francesa que dos confrontos resultaram 55 feridos, 25 polícias e 30 civis.

As três vítimas foram atingidas a tiro e já estavam mortas quando chegaram ao hospital. Os manifestantes atiraram pedras às forças de segurança em frente à sede do Governo albanês e a polícia respondeu com gás lacrimogéneo. Pelo menos um carro da polícia foi incendiado, adiantou a AFP.

Nas ruas de Tirana estiveram esta sexta-feira cerca de 20 mil manifestantes que acusam o Governo de corrupção e abuso de poder e apelam a novas eleições, segundo a BBC. A tensão no país aumentou desde que a oposição socialista rejeitou os resultados das eleições de 2009 que reelegeram o Partido Democrático de Berisha, e subiu de tom após a demissão do vice-primeiro-ministro Ilir Meta, acusado de corrupção num negócio ligado a uma central energética.

O Presidente Bamir Topi apelou à calma, um apelo repetido pelo líder do Partido Socialista, Edi Rama. Os manifestantes acabaram por dispersar após três horas de protestos em que gritaram “Berisha vai embora” e “abaixo o Governo”.

A manifestação tinha sido convocada pela oposição socialista e nos dias que antecederam os protestos a embaixada norte-americana em Tirana considerou “inaceitável” o aparente apoio de alguns políticos a protestos violentos. “O uso de retórica provocadora e a sugestão de tolerância para com qualquer forma de violência são muito prejudiciais para o povo da Albânia”, adiantou a embaixada num comunicado citado pela AFP.

A oposição socialista também culpa o Governo por não ter sido capaz de convencer a União Europeia a atribuir ao país o estatuto de candidato a membro. Bruxelas rejeitou esse pedido e alertou para a necessidade de combater a corrupção e serenar a crise política.

A Albânia tem eleições locais marcadas para 8 de Maio, mas as legislativas só estão previstas para 2013. Berisha controla 75 dos 140 lugares no Parlamento e rejeitou o pedido da oposição para a recontagem dos votos após as eleições de 2009, que mergulharam o país numa nova crise política, das mais longas desde a desagregação do regime soviético em 1991.

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