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Dois membros da JS constituídos arguidos após protesto na ponte D. Luís

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Out 11, 2006
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Dois dos seis elementos da Juventude Socialista da Trofa que hoje, sábado, participaram na colocação de uma tarja gigante na Ponte D. Luís, no Porto, foram constituídos arguidos com termo de identidade e residência num processo-crime movido pela PSP.

Marco Ferreira, líder da JS da Trofa, estava ciente das consequências do acto: "Esta é a atitude normal da polícia em casos destes e já sabíamos as consequências que poderiam surgir. Se fizerem justiça connosco, espero também que façam justiça com a Trofa".

Para além das medidas aplicadas aos dois elementos da JS, a enorme tarja onde se lia "Metro para a Trofa. Já", foi também apreendida pela autoridades.

Membros da Juventude Socialista da Trofa colocaram hoje, ao início da manhã, uma tarja gigante na Ponte D. Luís, no Porto, como sinal do protesto contra os sucessivos adiamentos da extensão da linha do metro do Porto até à Trofa.

Passavam poucos minutos das sete horas da manhã, quando seis elementos da JS da Trofa chegaram ao tabuleiro superior da Ponte D. Luís carregados com 50 metros de comprimento de pano, a fim de brindarem as ribeiras de Porto e Gaia com as palavras de ordem escritas a marcador preto na enorme tarja: "Metro para a Trofa. Já".

Em passo apressado, de quem não quer ser surpreendido pelas autoridades e pretende escapar-se dos gélidos cinco graus portuenses, pouco menos de dez minutos bastaram para ver terminada a colocação da "super" tarja.

No entanto, aquilo que parecia ser uma tarefa fácil e bem planeada, acabou por sofrer um revés inesperado. Sem polícia, mas com muito vento, os jovens manifestantes depararam-se com uma dificuldade extra à medida que colocavam abraçadeiras para segurar a tarja.

A ventania fazia com que o enorme pano esvoaçasse e não permitisse aos madrugadores transeuntes ler o texto escrito na tarja. 352 metros abaixo, no passeio da ribeira do Porto, o telemóvel de um dos "cúmplices" tocava a fim de perceber se era possível decifrar a mensagem.

Nas alturas, a decepção esperada. O vento estava a estragar o protesto.

Já andava o atarefado segurança do Metro às voltas com a tarja, quando Marco Ferreira, membro da juventude socialista da Trofa, explicava, no cais da ribeira, as motivações da manifestação.

"Estamos preocupados com a questão do metro para a Trofa. Após nos tirarem a linha de comboio, que atravessava o centro da cidade, foi deixado um lugar vago onde iria nascer a linha de metro do Porto até à Trofa. Nove anos depois de promessas sucessivas vemos com muita preocupação o último adiamento da obra", explicou.

Levantaram-se de madrugada para "demonstrar a preocupação e indignação" do adiamento de uma obra que consideram "prioritária" e que esperam mobilizar as "forças vivas da Trofa e do norte de Portugal".

"Todas as formas de luta têm os seus efeitos. Os políticos têm como obrigação ouvir o povo. Amanhã temos um momento eleitoral e este é o momento propício para os políticos olharem para os eleitores e olharem para as promessas feitas que são consecutivamente adiadas", concluiu.

Ao fim de uma hora com a tarja a esvoaçar na Ponte D. Luís, os jovens socialistas lá foram obrigados a retirar o pano gigante do corrimão do tabuleiro superior.

Poucas foram as pessoas que viram a mensagem de ordem que acabou enrolada na mala de um carro da Policia de Segurança Pública.

Jornal de Notícias
 
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