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RoterTeufel
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Ocupam dois bingos há 23 dias em protesto
A pergunta pende numa tarja plástica posta à porta, com a tinta a descolar, e está sem resposta faz hoje 23 dias - Quem é o responsável pelos funcionários do Olympia e do Brasília: a concessionária Varzim Sol ou a Sociedade Nortenha de Gestão de Bingos, que aceitou fazer a exploração?
Os 100 funcionários (52 do Olympia, 48 do Brasília), fazem a pergunta desde o dia 1 de Janeiro, quando as duas salas de bingo do Porto deixaram de abrir, mas continuam sem saber a resposta. Empurrados da concessionária para a gestora, e desta de novo para aquela, continuam a perguntar.
Sem saber o que fazer, sem nota de despedimento, mas sem ordens efectivas de trabalho para cumprir, decidiram fazer a ocupação pacífica das salas, numa acção de "sit in" que tem uma única exigência: que alguém assuma os seus contratos de trabalho.
23 dias depois do início do protesto, na sala de jogo do Olympia, colocada a um canto no chão, desajustado dali, do balcão e da parede com placard electrónico, que continua ligada, com os números a marcar sempre o zero, entre as mesas redondas vazias de jogo, há agora uma simbólica cama, com colchão e cobertores a rasar no chão, um pijama, um par de chinelos que parecem perdidos.
23 dias depois, já nenhum funcionário se farda, já todos se vestem à civil, já ali há uma rotina: cumprem escalas, picam o ponto, entram e saem, repartem ali refeições, vêem TV, entediam-se, entregam-se a copas, damas, dominó, há um computador onde alguém joga Joker Poker, fuma-se muito, há sempre gente de pé, viciada a passarinhar, para trás e para a frente, sem conseguir sair do lugar. Chegada a noite, ficam meia dúzia, revezam-se em turnos para o colchão, permanecem.
Mas a sua posição esmorece: entre os desanimados e cada vez mais cansados já há deprimidos, há baixas médicas, há casais que exasperam com a perspectiva do primeiro fim do mês sem salário.
J.Noticias
A pergunta pende numa tarja plástica posta à porta, com a tinta a descolar, e está sem resposta faz hoje 23 dias - Quem é o responsável pelos funcionários do Olympia e do Brasília: a concessionária Varzim Sol ou a Sociedade Nortenha de Gestão de Bingos, que aceitou fazer a exploração?
Os 100 funcionários (52 do Olympia, 48 do Brasília), fazem a pergunta desde o dia 1 de Janeiro, quando as duas salas de bingo do Porto deixaram de abrir, mas continuam sem saber a resposta. Empurrados da concessionária para a gestora, e desta de novo para aquela, continuam a perguntar.
Sem saber o que fazer, sem nota de despedimento, mas sem ordens efectivas de trabalho para cumprir, decidiram fazer a ocupação pacífica das salas, numa acção de "sit in" que tem uma única exigência: que alguém assuma os seus contratos de trabalho.
23 dias depois do início do protesto, na sala de jogo do Olympia, colocada a um canto no chão, desajustado dali, do balcão e da parede com placard electrónico, que continua ligada, com os números a marcar sempre o zero, entre as mesas redondas vazias de jogo, há agora uma simbólica cama, com colchão e cobertores a rasar no chão, um pijama, um par de chinelos que parecem perdidos.
23 dias depois, já nenhum funcionário se farda, já todos se vestem à civil, já ali há uma rotina: cumprem escalas, picam o ponto, entram e saem, repartem ali refeições, vêem TV, entediam-se, entregam-se a copas, damas, dominó, há um computador onde alguém joga Joker Poker, fuma-se muito, há sempre gente de pé, viciada a passarinhar, para trás e para a frente, sem conseguir sair do lugar. Chegada a noite, ficam meia dúzia, revezam-se em turnos para o colchão, permanecem.
Mas a sua posição esmorece: entre os desanimados e cada vez mais cansados já há deprimidos, há baixas médicas, há casais que exasperam com a perspectiva do primeiro fim do mês sem salário.
J.Noticias