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Desvendadas mais de 11 mil peças de arte sacra

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RoterTeufel

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Desvendadas mais de 11 mil peças de arte sacra


Pode estar em causa a segunda fase do inventário do património da diocese de Bragança, devido aos atrasos no pagamento das verbas do QREN relativas à primeira fase da candidatura, orçamentada em 560 mil euros e da qual foram pagos apenas 18 mil euros.

A primeira fase do inventário do património artístico da Diocese de Bragança-Miranda permitiu o registo de 11.192 peças até aqui oficialmente desconhecidas. Apesar de este trabalho ser considerado "muito importante", por D. António Montes, o actual bispo, a Associação Terras Quentes, entidade que gere o processo, está a deparar-se com obstáculos de ordem financeira por falta de transferência das verbas de uma candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional) que mereceu aprovação.

A candidatura avançou em 2004, estava orçamentada em 560 mil euros, mas até à data a Associação apenas recebeu uma tranche no valor de 18 mil euros. A primeira fase, que termina a 31 de Janeiro, destinou-se a fazer o levantamento e inventariação do património religioso de sete concelhos do sul do distrito de Bragança, mas a segunda parte do inventário, nos concelhos mais a norte, pode estar em risco uma vez que a primeira candidatura sofreu um corte de 260 mil euros. Esta situação impediu o restauro e a reabilitação das peças mais importantes de cada freguesia, um trabalho que estava previsto. "Essa verba não vai ser paga", afirmou Carlos Mendes, presidente daquela associação.

A recuperação das imagens, objectos e pinturas de arte sacra acabou por fazer-se apenas em Macedo de Cavaleiros com apoio da Câmara e das Comissões Fabriquieras das Paróquias das aldeias. Por outro lado, alguns dos municípios também ainda não cumpriram os pagamentos que lhe competiam, 55% do valor da candidatura era proveniente de fundos comunitários e 45% seria suportados pelas autarquias. "Não entendemos a situação pois existe um acordo entre a Conferência Episcopal Portuguesa e o Estado de que todos os trabalhos de inventariação nas dioceses seriam financiados em 75%.

Bragança só foi contemplada com 55%, o que é uma discriminação negativa numa região pobre", lamentou Carlos Mendes. A segunda fase está num impasse, já sofreu cortes em vários itens "o que vai trazer problemas sérios, mas estamos em reuniões para encontrar uma solução", admitiu.

O levantamento pôs a nu "vários tesouros cujo valor era desconhecido, pois nunca tinha sido feito qualquer trabalho semelhante", explicou Carlos Mendes. Inicialmente previa-se o estudo de 10.650 peças, mas apesar das dificuldades foi possível inventariar mais de 11 mil. Nos concelhos do norte do distrito estima-se que existam mais de 50 mil dignas de estudo.


J.Noticias
 
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