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Através de um cabo de fibra óptica submarino
A Venezuela e a ilha de Cuba ficarão em breve ligadas através de um cabo de fibra óptica. Para além de permitir ao governo castrista o acesso à Internet de alta velocidade, esta medida é igualmente uma lição diplomática e política da Venezuela aos Estados Unidos, que mantêm há vários anos um embargo a Cuba.
O cabo submarino, que começa hoje a ser instalado, terá um comprimento total de 1600 quilómetros e vai unir La Guaira, no estado venezuelano de Vargas, à praia de Siboney, na oriental província de Santiago de Cuba.
Os governos de Caracas e Havana, que vêem a iniciativa como um ponto estratégico das suas relações bilaterais, indica a BBC Brasil.
Com o bloqueio norte-americano à ilha de Cuba desde 1958, os dois governos encaram esta instalação como uma forma de romper este cerco económico e diplomático.
"Um dia chegará ao fim esse bloqueio a Cuba, injustificado, terrível e arbitrário do governo mais poderoso do mundo, sem nenhuma razão", afirmou durante a semana passada o Presidente venezuelano Hugo Chávez. “Quem sabe o cabo submarino não chega até os Estados Unidos?", ironizou ainda o chefe de Estado.
Estima-se que este cabo de fibra óptica faça aumentar em três mil vezes a velocidade de transmissão de dados pela Internet e faça reduzir os custos do serviço no país, indicou o Ministério de Comunicação e Informática de Cuba, citado pela BBC.
Cuba liga-se à Internet através de satélite desde 1996 e a velocidade é muito lenta.
Mas Internet mais rápida não significa necessariamente mais liberdade para os cidadãos. O governo cubano é conhecido pela dura censura cibernética. Espera-se que, mesmo depois de instalado o cabo, a Internet continue apenas acessível nos centros públicos colectivos, universidades e entidades governamentais. Os cidadãos continuarão sem acesso à Internet a partir das suas casas.
"O impulso para a conexão não se resolve de um dia para outro porque custa muito dinheiro e são necessários outros investimentos", afirmou o vice-ministro cubano de Comunicação, Ramón Linares à imprensa local, cita a BBC.
Para o sociólogo venezuelano Miguel Angel Contreras, professor da Universidade Central da Venezuela, o acesso à banda larga na ilha, ainda que inicialmente restrito a uso estatal, pode ser um precedente para estimular a população a exigir maior acesso à internet.
"O custo da comunicação vai diminuir e deveria diminuir os custos para os cubanos", afirmou Contreras à BBC Brasil. "Isso tende a fortalecer a ideia, já existente no interior do país, de que é preciso democratizar o acesso à internet e o governo terá de lidar com esta realidade", acrescentou.
Espera-se que o acesso à banda larga - finda a instalação deste cabo cujo custo total deverá rondar os 70 milhões de dólares - esteja disponível a partir de Julho.
A instalação está a cargo da empresa franco-chinesa Alcatel Shanghai Bell.
Este projecto irá desenvolver-se ao abrigo da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA).
O Presidente Chávez explicou igualmente, segundo o site Prensa Latina, que este cabo terá, no futuro, ligação aberta para outros países do Caribe e da América Central, como por exemplo a República Dominicana e o Haiti.
Público
A Venezuela e a ilha de Cuba ficarão em breve ligadas através de um cabo de fibra óptica. Para além de permitir ao governo castrista o acesso à Internet de alta velocidade, esta medida é igualmente uma lição diplomática e política da Venezuela aos Estados Unidos, que mantêm há vários anos um embargo a Cuba.
O cabo submarino, que começa hoje a ser instalado, terá um comprimento total de 1600 quilómetros e vai unir La Guaira, no estado venezuelano de Vargas, à praia de Siboney, na oriental província de Santiago de Cuba.
Os governos de Caracas e Havana, que vêem a iniciativa como um ponto estratégico das suas relações bilaterais, indica a BBC Brasil.
Com o bloqueio norte-americano à ilha de Cuba desde 1958, os dois governos encaram esta instalação como uma forma de romper este cerco económico e diplomático.
"Um dia chegará ao fim esse bloqueio a Cuba, injustificado, terrível e arbitrário do governo mais poderoso do mundo, sem nenhuma razão", afirmou durante a semana passada o Presidente venezuelano Hugo Chávez. “Quem sabe o cabo submarino não chega até os Estados Unidos?", ironizou ainda o chefe de Estado.
Estima-se que este cabo de fibra óptica faça aumentar em três mil vezes a velocidade de transmissão de dados pela Internet e faça reduzir os custos do serviço no país, indicou o Ministério de Comunicação e Informática de Cuba, citado pela BBC.
Cuba liga-se à Internet através de satélite desde 1996 e a velocidade é muito lenta.
Mas Internet mais rápida não significa necessariamente mais liberdade para os cidadãos. O governo cubano é conhecido pela dura censura cibernética. Espera-se que, mesmo depois de instalado o cabo, a Internet continue apenas acessível nos centros públicos colectivos, universidades e entidades governamentais. Os cidadãos continuarão sem acesso à Internet a partir das suas casas.
"O impulso para a conexão não se resolve de um dia para outro porque custa muito dinheiro e são necessários outros investimentos", afirmou o vice-ministro cubano de Comunicação, Ramón Linares à imprensa local, cita a BBC.
Para o sociólogo venezuelano Miguel Angel Contreras, professor da Universidade Central da Venezuela, o acesso à banda larga na ilha, ainda que inicialmente restrito a uso estatal, pode ser um precedente para estimular a população a exigir maior acesso à internet.
"O custo da comunicação vai diminuir e deveria diminuir os custos para os cubanos", afirmou Contreras à BBC Brasil. "Isso tende a fortalecer a ideia, já existente no interior do país, de que é preciso democratizar o acesso à internet e o governo terá de lidar com esta realidade", acrescentou.
Espera-se que o acesso à banda larga - finda a instalação deste cabo cujo custo total deverá rondar os 70 milhões de dólares - esteja disponível a partir de Julho.
A instalação está a cargo da empresa franco-chinesa Alcatel Shanghai Bell.
Este projecto irá desenvolver-se ao abrigo da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA).
O Presidente Chávez explicou igualmente, segundo o site Prensa Latina, que este cabo terá, no futuro, ligação aberta para outros países do Caribe e da América Central, como por exemplo a República Dominicana e o Haiti.
Público