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Empresários aflitos com vaga de assaltos a fábricas à noite

florindo

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Out 11, 2006
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Assaltos atrás de assaltos, à noite, têm acontecido a várias fábricas e armazéns na zona industrial de Baguim do Monte, Gondomar. Desesperados, os empresários uniram-se e ponderam contratar seguranças privados ou então mudar para locais mais seguros.

Jorge Freitas é o director-geral da "Auditor". Na passagem de ano, abdicou de estar com a família para estar no seu armazém, armado de pistola e de vigia. "Era para o que desse e viesse. Estou farto de ser roubado! No ano passado, em quatro meses, foram oito vezes!", diz ao JN, estimando os prejuízos em cerca de 100 mil euros.

O que levou Jorge Freitas a dispensar uma festa de passagem de ano foi o facto de, no dia anterior, e já depois de várias investidas, as câmaras de videovigilância que colocou fora do edifício terem captado uns indivíduos a tentar cortar, sem sucesso, uma vedação em rede, de acesso às traseiras.

Pensou que voltariam no dia seguinte e recordou-se que já lhe desapareceram múltiplos equipamentos de facturação destinados a clientes, televisores, computadores, além dos estragos materiais em consequência da entrada no armazém. Depois dos assaltos, vieram os problemas com os seguros, que teimam em não assumir os valores em causa.

Na zona industrial de Baguim do Monte são, afinal, poucas as empresas que não foram visitadas por assaltantes, apetrechados com ferramentas e maçaricos. Já com prejuízos para contar estão, por exemplo, "Vidraria Central do Porto", "A. Vieira", "Somofril", "Mármores e Granitos", "Artam", "Clausus","Eduardo Guedes Lda", "SePreve" e "Desígnio - Mobiliário", entre outras firmas que não têm dado tanta importância aos problemas.

Polícia passa uma vez por noite

A última iniciativa dos empresários foi pedir ajuda a Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. Para ver se é possível a Polícia Municipal de Gondomar ajudar numa maior vigilância, em especial nocturna, da zona. O presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, também já está a par do problema. "Vamos reunir com as várias forças de segurança", promete o presidente da junta.

"A PSP diz-nos que só pode passar uma vez por noite aqui na zona. Não há efectivos!", queixa-se Cristina Firmino, da "Desígnio", a quem têm furtado aparelhos, pequenas máquinas industriais e, numa ocasião, "até a porta de entrada levaram!".

"Fazemos queixa mas os processos são arquivados rapidamente. Já estive a ver pavilhões em Campo, Valongo, para arrendar", afirma a empresária, naquela zona industrial desde 1997.

As vítimas estimam que, nos últimos meses, terão ocorrido cerca de 35 assaltos na zona. Todos à noite. "Precisamos de protecção.Se não puder haver mais vigilância policial, tem de se partir para a segurança privada", sublinha Jorge Freitas, que tem licença de uso e porte de arma e afirma-se disposto a disparar, caso se depare assaltantes. "Os sistemas de alarme não chegam", diz.

António Fernandes, dono da "Sepreve", aproveitou os conhecimentos técnicos da área dos extintores para armar uma "ratoeira" para quem entrar, de noite, nas suas instalações: em 30 segundos, a área administrativa da sua empresa fica cheia de gás e os intrusos ficam sem ver um palmo à frente dos olhos.

A ideia inicial era utilizar dióxido de carbono, mas o advogado da empresa desaconselhou a sua implementação, dada a probabilidade de morte dos ladrões.

Oito assaltos

Cerca de 100 mil euros é a estimativa de prejuízos feita pelo director-geral da "Auditor", após oito assaltos de que a empresa foi vítima. Os assaltantes não levaram dinheiro, mas apoderaram-se de diversos equipamentos informáticos, relativos a facturação empresarial. Jorge Freitas tem andado na Internet para saber se o seu material foi posto à venda. Está a discutir prejuízos com a seguradora.

Abertura com corte de chapa

Na "Auditor", os assaltantes já cortaram várias vezes a chapa exterior, a fim de entrarem no armazém. O facto de as instalações estarem dotadas de sistema de alarme com infra- vermelhos não os inibiu: numa das ocasiões rastejaram e o alarme não soou. O dono da empresa resolveu colocar nas traseiras do seu armazém uma vedação de redes, que os assaltantes também já tentaram cortar.

Furto de cobre

Posto transformador, em cobre, colocado num poste junto à "Mármores e Granitos", na zona industrial de Baguim do Monte, Gondomar, foi subtraído, durante a noite, por assaltantes. Os empresários ficaram incrédulos com semelhante furto. É que aquela peça é ainda bastantes pesada e, provavelmente, só seria possível retirá-la do local com a ajuda de uma grua e um camião.

Jornal de Notícias
 
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