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Empresa britânica testa o primeiro telemóvel no espaço

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Um grupo de engenheiros britânicos de uma companhia aero-espacial britânica, a Surrey Satellite Technology Limited, construiu um telemóvel para ser testado no espaço. A ideia é aproveitar um "smartphone" já existente para controlar um satélite, aproveitando as vastas capacidades que estes equipamentos possuem.

O telefone, que funciona com o sistema operativo Google Android, será usado para controlar um satélite de 30 centímetros de comprimento bem como tirar fotografias da Terra. O modelo exacto do aparelho ainda não foi divulgado.

A inovação faz parte da missão STRaND-1 (Surrey Training Research and Nanosatellite Demonstration) da Surrey Satellite Technology Limited (SSTL), em Guildford, que pretende encontrar aparelhos electrónicos mais baratos e mais pequenos, de modo a reduzir os custos dos seus projectos espaciais.

"Os smartphones modernos são bastante surpreendentes", disse Shaun Kenyon, gestor do projecto. "Primeiro que tudo, queremos ver se o telefone funciona lá em cima e, se isso acontecer, queremos verificar se pode controlar um satélite", acrescentou.

Numa primeira fase da missão, o aparelho irá actuar como um apoio para o computador principal do satélite. No entanto, após algum tempo, o telefone irá funcionar "sozinho" e assumir o controlo da missão.

"Estamos a tentar usar o máximo da capacidade do telefone", disse Doug Liddle, chefe da missão. "Numa fase ideal, o telefone poderá assumir o controlo e pensar por si", acrescentou.

Para que tal seja possível, o satélite terá incorporados sistemas avançados de orientação, de navegação e de controlo, incluindo rodas de reacção em miniatura e um receptor GPS. O objectivo é que o telefone acompanhe todos estes subsistemas.

Apesar de alguns telemóveis já terem sido levados, por balões, até grandes altitudes para serem testados, esta será a primeira vez que um telefone móvel sairá da órbita do planeta Terra. No entanto, para que tal seja possível, e atendendo às grandes oscilações de temperatura e de radiação encontradas no espaço, o aparelho terá de ser colocado dentro da caixa do satélite, de modo a dar-lhe alguma protecção.

Para que as imagens sejam registadas, os cientistas irão abrir um buraco, que será cortado no lado da caixa, para permitir que a lente da câmara esteja virada para o exterior.

"Se conseguirmos provar que um smartphone pode trabalhar no espaço, muitas novas tecnologias irão abrir-se para uma multidão de pessoas e empresas que normalmente não podem pagar aparelho capazes de ir ao espaço. É uma verdadeira reviravolta para a indústria", disse Chris Bridges, do Centro Espacial Surrey.

A SSTL ganhou reputação a nível internacional pelos seus pequenos satélites depois de ter conseguido reduzir o custo dos sistemas, incorporando componentes que foram originalmente desenvolvidos para computadores portáteis, por exemplo.

Jornal de Notícias
 
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