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Polícia julgado por detenção ilegal de "Berto Maluco"

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Um agente da PSP do Porto começou, ontem, a ser julgado por crimes de sequestro, abuso de poder e falsificação, relacionados com uma suposta detenção ilegal, em 2006, de "Berto Maluco", o segurança da noite que seria assassinado a tiro no ano seguinte.

Os factos de que é acusado Alberto C., de 35 anos, remontam à madrugada de 12 de Novembro de 2006, mas só ontem chegaram à barra do Tribunal de S. João Novo, no Porto.

Segundo a acusação, o elemento policial encontrava-se fora de serviço naquela noite e recebeu um telefonema do irmão, que se tinha envolvido numa rixa com seguranças da discoteca Chic, na zona industrial do Porto, entre eles Alberto Ferreira, conhecido por "Berto Maluco".

O agente dirigiu-se de imediato ao local, onde o irmão lhe disse que foi vítima de agressões. Alberto C. terá então dito que iria resolver o assunto à sua maneira, mas foi aconselhado por colegas fardados a ir embora, o que acatou.

Mas mais tarde, voltaram os dois à discoteca para tirar satisfações. O polícia é acusado de ter perseguido Berto e um amigo de carro, tendo-o interceptado, ainda na zona industrial, onde lhe apontou a arma e deu ordem de detenção. Entretanto, o irmão - também arguido no processo, por crime de ameaça - terá efectuado um disparo para o ar.

O segurança foi algemado e levado para a Esquadra de Investigação Criminal das Antas (onde o agente prestava na altura serviço), tendo ali sido mantido durante algumas horas.

O Ministério Público considera ilegítima a conduta do agente, por falta de pressupostos legais para a detenção, imputando-lhe crimes de sequestro, abuso de poder e falsificação de documento, este último por alegadamente ter forjado a participação da ocorrência.

Em tribunal, Alberto C. alegou que se limitou a fazer diligências para a identificação do segurança, por este ter sido apontado como agressor do irmão.

"Berto Maluco" já era referenciado no mundo da noite por casos de violência em discotecas e acabaria assassinado a tiros de metralhadora, em Dezembro de 2007, quando saía do apartamento, em Vila Nova de Gaia. Os contornos deste crime em concreto ainda não estão esclarecidos.

Jornal de Notícias
 
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