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FMI alerta que o pior da crise para Portugal ainda não passou

florindo

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O FMI previu hoje, terça-feira, a continuação das dificuldades nos países periféricos da zona euro, no qual se inclui Portugal, em 2011, refere o seu relatório das Perspetivas Económicas Mundiais.

"As pressões financeiras deverão manter-se elevadas na periferia da zona euro, onde o mercado ainda está preocupado com o risco soberano e o risco das instituições bancárias, a viabilidade política das medidas de austeridade actuais e previstas e a falta de uma solução global", acrescenta.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê ainda que os diferenciais ('spreads') das dívida soberanas europeias e os custos de financiamento para os bancos do continente deverão, por isso, manter-se elevados na primeira metade do ano, com o "re-intensificar" da turbulência financeira na região, num cenário global em que "as condições de financiamento bancário na maioria das economias avançadas deverão ser mais fáceis".

Na lista de possíveis riscos que podem abalar a economia mundial em 2011, o FMI aponta à cabeça a possibilidade das tensões na periferia da zona euro - onde os analistas têm incluído, entre outros, países como a Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha ou Itália - e a eventual falta de progresso na consolidação orçamental das economias avançadas, para além da fraqueza do mercado imobiliário nos Estados Unidos.

"O risco de perturbações financeiras se espalharem da periferia para o centro da zona euro resulta da fraqueza das instituições financeiras em muitas das economias avançadas da região e a falta de transparência quanto à sua exposição. Por isso, as instituições financeiras e os Estados estão estreitamente ligados (...) Apesar da periferia representar apenas uma pequena parte do produto interno bruto e da produção na zona euro", estas ligações com os países do centro podem fazer arrefecer o crescimento da região e atrasar a recuperação económica mundial, diz o FMI.

A organização acredita também que as dificuldades não se espalhem a todo o espaço da moeda única, ao mesmo tempo que prevê uma forte expansão das economias emergentes.

Numa actualização das suas Perspectivas Económicas Mundiais, FMI reviu hoje em alta o crescimento económico mundial, para 4,5 por cento, contra os 4,25 por cento anteriores, com as economias emergentes e os países em vias de desenvolvimento a apresentar os principais casos de sucesso e as economias avançadas expandir 2,5 por cento entre 2011 e 2012, numa tendência que deverá deixar de fora a periferia da eurolândia.

"Apesar do crescimento na periferia da zona euro ter uma descida prevista, esta é anulada pela revisão em alta do crescimento da Alemanha, devido à forte procura interna", refere o FMI nas Perspectivas Económicas Mundiais ('World Economic Outlook').

No radar do FMI para os possíveis riscos em 2011 estão ainda o rebentar de bolhas especulativas e o sobreaquecimento nas economias emergentes - para quem o fundo hoje prevê um crescimento de 6,5 por cento este ano e no próximo (contra sete por cento em 2010) -- e os preços elevados das matérias primas, com a instituição a estimar um preço médio do petróleo de 90 dólares por barril, contra 79 no último 'Outlook'.

Jornal de Notícias
 
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