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Um jovem, de 16 anos, matou o pai com golpes de catana na cabeça, na madrugada de ontem, na localidade de Esteiro, Pampilhosa da Serra. Depois, percorreu cerca de 20 quilómetros a pé para se entregar à GNR. A mãe e o irmão não ouviram nada.
Por volta das 2.40 horas, o jovem entrou no quartel da GNR de Pampilhosa da Serra a dar conhecimento às autoridades de que tinha matado o pai. Segundo os populares de Esteiro, estava descalço e terá percorrido o caminho a pé, num caminho pela serra que dista cerca de 20 quilómetros de sua casa. A força policial e os bombeiros foram ao local - uma casa com três pisos, ao fundo de uma rua, no Esteiro - e encontraram Carlos Jesus, de 55 anos, morto, na cozinha, com sinais de golpes na cabeça.
Carlos, reformado por invalidez depois de ter trabalhado em empresas de electricidade, vivia naquela casa, na freguesia de Janeiro de Baixo, com os dois filhos mais novos (o mais velho está a cumprir serviço militar) e a esposa, também inválida, que sofre de doença de Parkinson.
A mulher e o filho do meio estavam em casa à hora do crime, nos pisos de cima, e só se aperceberam de alguma anormalidade quando a GNR chegou à habitação. "O filho do meio estava a estudar em cima, porque hoje (ontem) ia ter exame de Matemática em Arganil, para acabar o 12.º ano. O pai e o filho mais novo estariam em baixo, na cozinha", conta, ao JN, Alberto Jesus, vizinho da frente da família atingida pela tragédia, garantindo também não ter ouvido nada de estranho.
Eventuais problemas na escola
A tia-avó do jovem, Maria Celeste Dias (tia da mãe) revela que Carlos recebeu, anteontem, um telefonema da escola do filho, em Pampilhosa da Serra, a solicitar uma reunião para o dia seguinte (ontem), mas não sabe se terá tido alguma relação com o crime.
"Não sei se era alguma coisa que ele não queria que os pais soubessem", afirma, transtornada. O JN contactou a Direcção do agrupamento de escolas onde o rapaz estuda, sem no entanto conseguir obter qualquer reacção.
O vizinho afirma nunca ter visto nada que pudesse explicar o que aconteceu. Refere-se ao rapaz como uma pessoa pacata, e que muitas vezes aparentava andar triste e cabisbaixo. "Se ele tivesse problemas, será que a escola não reparava nisso?", questiona. Alberto Jesus espera ainda que haja apoio de instituições à família, devido ao estado de saúde da mãe. Na localidade, os populares referem-se ao jovem como um rapaz calmo, que passava o dia todo em Pampilhosa da Serra, sendo que só ia à povoação praticamente para dormir.
A família de Carlos deslocou--se ontem às instalações da GNR de Pampilhosa da Serra para prestar declarações. Regressaram ao início da tarde, acompanhados por uma assistente social.
O filho mais velho, de 21 anos, juntou-se à restante família, também ao início da tarde. O caso está entregue à Polícia Judiciária. O corpo de Carlos Jesus foi transportado para o Instituto Nacional de Medicina Legal, em Coimbra, para realização da autópsia.
O presidente da Junta de Freguesia de Janeiro de Baixo, José Martins, conhecia bem Carlos e mostra-se surpreendido com a tragédia. "Ainda não falei com ninguém, mas estranho muito a situação. Nunca vi uma zanga entre pais e filhos naquela família", assegura, completando que se tratava de pessoas que estimava muito.
Jornal de Notícias
Por volta das 2.40 horas, o jovem entrou no quartel da GNR de Pampilhosa da Serra a dar conhecimento às autoridades de que tinha matado o pai. Segundo os populares de Esteiro, estava descalço e terá percorrido o caminho a pé, num caminho pela serra que dista cerca de 20 quilómetros de sua casa. A força policial e os bombeiros foram ao local - uma casa com três pisos, ao fundo de uma rua, no Esteiro - e encontraram Carlos Jesus, de 55 anos, morto, na cozinha, com sinais de golpes na cabeça.
Carlos, reformado por invalidez depois de ter trabalhado em empresas de electricidade, vivia naquela casa, na freguesia de Janeiro de Baixo, com os dois filhos mais novos (o mais velho está a cumprir serviço militar) e a esposa, também inválida, que sofre de doença de Parkinson.
A mulher e o filho do meio estavam em casa à hora do crime, nos pisos de cima, e só se aperceberam de alguma anormalidade quando a GNR chegou à habitação. "O filho do meio estava a estudar em cima, porque hoje (ontem) ia ter exame de Matemática em Arganil, para acabar o 12.º ano. O pai e o filho mais novo estariam em baixo, na cozinha", conta, ao JN, Alberto Jesus, vizinho da frente da família atingida pela tragédia, garantindo também não ter ouvido nada de estranho.
Eventuais problemas na escola
A tia-avó do jovem, Maria Celeste Dias (tia da mãe) revela que Carlos recebeu, anteontem, um telefonema da escola do filho, em Pampilhosa da Serra, a solicitar uma reunião para o dia seguinte (ontem), mas não sabe se terá tido alguma relação com o crime.
"Não sei se era alguma coisa que ele não queria que os pais soubessem", afirma, transtornada. O JN contactou a Direcção do agrupamento de escolas onde o rapaz estuda, sem no entanto conseguir obter qualquer reacção.
O vizinho afirma nunca ter visto nada que pudesse explicar o que aconteceu. Refere-se ao rapaz como uma pessoa pacata, e que muitas vezes aparentava andar triste e cabisbaixo. "Se ele tivesse problemas, será que a escola não reparava nisso?", questiona. Alberto Jesus espera ainda que haja apoio de instituições à família, devido ao estado de saúde da mãe. Na localidade, os populares referem-se ao jovem como um rapaz calmo, que passava o dia todo em Pampilhosa da Serra, sendo que só ia à povoação praticamente para dormir.
A família de Carlos deslocou--se ontem às instalações da GNR de Pampilhosa da Serra para prestar declarações. Regressaram ao início da tarde, acompanhados por uma assistente social.
O filho mais velho, de 21 anos, juntou-se à restante família, também ao início da tarde. O caso está entregue à Polícia Judiciária. O corpo de Carlos Jesus foi transportado para o Instituto Nacional de Medicina Legal, em Coimbra, para realização da autópsia.
O presidente da Junta de Freguesia de Janeiro de Baixo, José Martins, conhecia bem Carlos e mostra-se surpreendido com a tragédia. "Ainda não falei com ninguém, mas estranho muito a situação. Nunca vi uma zanga entre pais e filhos naquela família", assegura, completando que se tratava de pessoas que estimava muito.
Jornal de Notícias