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Três arguidos no caso da troca de medicamentos no hospital de Almada

florindo

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O Ministério Público constituiu e interrogou três arguidos no caso da troca de medicamentos que, a 17 de Junho de 2010, causou queimaduras em duas crianças, de três anos e 18 meses, no Hospital Garcia de Orta.

"Já foram constituídos e interrogados três arguidos" neste processo, precisou fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR), em resposta a uma questão colocada pela agência Lusa.

A PGR adiantou ainda que "encontram-se designadas as últimas diligências para o mês de Fevereiro, esperando-se que seja proferido despacho final nesse mês".

No dia 17 de Junho de 2010, duas crianças de três anos e de 18 meses sofreram queimaduras devido a uma troca de medicamentos enquanto realizavam um exame de diagnóstico no serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Garcia de Orta (HGO).

O acidente provocou queimaduras nos intestinos das duas crianças e também na traqueia e no esófago de uma delas.

Na sequência do acidente, também o hospital instaurou um inquérito para apurar responsabilidades.

Médica e técnica com repreensão escrita

A 12 de Outubro do ano passado, em conferência de imprensa, a directora clínica do HGO, Ana França, anunciou que a médica e a técnica de audiologia envolvidas na troca de medicamentos seriam punidas com penas de repreensão escrita, que ficariam registadas no cadastro profissional de ambas.

Também nessa altura a responsável afirmou que o inquérito permitiu ainda concluir que a troca ficou a dever-se a uma "deficiente identificação ou verificação por parte da médica responsável pela administração do fármaco em causa".

Para o erro, acrescentou, contribuíram também uma "deficiente identificação do medicamento por parte da técnica de audiologia que colaborou na preparação da mesa do exame de diagnóstico, a inapropriada colocação do fármaco administrado, que se encontrava no frigorífico em vez de no armário da sala de urgência, e o rótulo do frasco do medicamento administrado".

Crianças estão "bem e estáveis"O Hospital Garcia de Orta diz que está agora em condições de avaliar os montantes das indemnizações a pagar às famílias, uma vez que, "as duas crianças foram observadas no dia 12 de Janeiro e confirmou-se, como se previa, que o incidente não provocou danos irreversíveis".

Fonte do gabinete de relações públicas do hospital indicou que ambas estão "bem e estáveis" e que deverão voltar a ser observadas no hospital daqui por seis meses "apenas por precaução".

Assim, acrescentou a mesma fonte à Lusa, "o hospital está neste momento em condições de analisar, juntamente com os pais, uma compensação pelos prejuízos sofridos".

No caso da criança mais velha, que sofreu lesões no esófago, "dar-se-á continuidade ao processo, uma vez que os pais do menor já tinham feito uma proposta de valor da indemnização ao hospital". No caso da criança mais nova, "o hospital vai iniciar diligências para chegar a um acordo com a família".

Jornal de Notícias
 
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