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Organizações denunciam mais de 100 mil animais abatidos por ano

florindo

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Cerca de 100 pessoas ligadas a várias organizações de defesa dos direitos dos animais estiveram, hoje, sábado, junto à Câmara Municipal de Lisboa protestando contra a política de abate seguida pelos canis municipais e defendendo a esterilização.

"Em Portugal está estimado em mais de 100 mil o número de animais que são mortos por ano em todos os canis do país", disse à Lusa Margarida Garrido, responsável pela Campanha de Esterilização de animais abandonados, que conta, entre outras figuras públicas, com o apoio da antiga maratonista Rosa Mota.

Segundo Margarida Garrido, "a forma de acabar com estes abates e com o abandono que está na origem dos abates é através da esterilização", pelo que já foi feito um abaixo assinado envolvendo "200 personalidades" que foi entregue ao ministro da Agricultura, António Serrano, estando agendada uma reunião com o secretário de Estado das Florestas, Rui Pedro Barreiro, no dia 28 de Fevereiro.

"No abaixo assinado pede-se ao ministro da Agricultura para que a Direcção Geral de Veterinária lance uma campanha nacional de esterilização de cães e gatos", revelou a responsável.

Por seu turno, Margarida Neto, fundadora do FADA (Fundo Alimentar de Defesa Animal), e organizadora do protesto que hoje ocorreu, segundo a própria, além de Lisboa, noutras cidades como o Porto e o Funchal, salientou que "existem em Portugal canis que não abatem".

Ora, adiantou: "se estes canis conseguem sobreviver e ter boas condições para os animais que capturam e guardam até serem adoptados, porque é que a grande maioria (95%) dos canis abatem".

A representante do FADA denunciou que "há muitos animais que estão em péssimas condições" nos canis, afirmando que "as câmaras têm que compreender que lhes sai muito mais barato esterilizar os animais do que abatê-los".

Margarida Neto disse que o preço do abate é de 60 euros, contra os 20 euros que custa a esterilização e pediu respeito pelos animais.

"Os animais não são coisas, mas infelizmente, ainda hoje, na nossa Constituição, os animais estão comparados a móveis: Quando já não gostamos deles, deitamos no lixo para serem triturados vivos", adiantou.

Já de acordo com Margarida Garrido, "em 2009 entraram por dia aproximadamente dez animais no Canil Municipal de Lisboa, destes, sete morreram, dos quais cinco foram abatidos, isto é, metade".

E nos últimos oito anos entraram nesta entidade, em média, 2.700 animais (cães e gatos), metade dos quais foram abatidos e 20 por cento faleceram, ao passo que os restantes 30% ou foram restituídos ou então foram adoptados, sublinhou a mesma fonte.

"O abate cresceu 39% em 2009 face a 2002, enquanto o número de óbitos mais do que duplicou, tendo mesmo quadriplicado para o caso dos gatos", realçou Margarida Garrido, acrescentando que "há cada vez mais pessoas atentas a esta situação".

Jornal de Notícias
 
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