Jordânia: Oposição islâmica reconhece legitimidade do rei

A Frente de Ação Islâmica (FAI), principal partido da oposição na Jordânia, afirmou hoje que quer reformas políticas mas não uma mudança de regime, contrariamente ao Egito.

«Reconhecemos a legitimidade dos hachemitas», a família real jordana, afirmou o secretário-geral da FAI, Hamzeh Mansour, citado pela France Presse.

«Não há paralelo entre a Jordânia e o Egito», acrescentou, sublinhando que «no Egito o povo exige uma mudança de regime, mas na Jordânia pedimos reformas políticas e um governo eleito».

Diário Digital / Lusa

Jordânia com novo primeiro-ministro para fazer "verdadeiras reformas políticas"

O rei Abdallah II da Jordânia nomeou Maarouf Bakhit para substituir Samir Rifai na chefia do governo e encarregou-o de realizar "verdadeiras reformas políticas", anunciou hoje, terça-feira, o palácio real depois das várias manifestações das últimas semanas.

O rei pediu a Bakhit, um antigo primeiro-ministro (2005-2007), "que tome medidas rápidas e claras para reformas políticas reais que reflictam a nossa visão favorável a reformas gerais modernas em apoio da nossa acção pela democracia", segundo o palácio.

Várias manifestações realizaram-se em Janeiro na Jordânia para exigir a demissão de Rifai e contestar a política económica do seu governo, nomeadamente pela subida do preço dos combustíveis e dos alimentos.

Segundo o palácio, o governo de Rifai demitiu-se hoje.

"Queremos reformas que abram caminho ao nosso povo para grandes oportunidades e a vida decente que merece", acrescenta o rei.

Bakhit, um antigo militar que foi embaixador na Turquia (2002) e em Israel (2005), é muito popular na Jordânia.

A Frente de Acção Islâmica, principal partido da oposição na Jordânia, criticou hoje a nomeação de Bakhit, considerando que ele "não é um reformista".

Na segunda-feira a FAI anunciara que, contrariamente ao Egipto, a oposição não exige uma mudança de regime no reino mas sim reformas políticas.

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